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Luciana Gimenez: 'Posso levar nome do Brasil para fora como Anitta'

Daniel Palomares

De Splash, em São Paulo

28/02/2022 04h00

Luciana Gimenez está pronta para novos desafios. Depois de dois anos de pandemia, ela retorna ao palco do "Super Pop" ao vivo, mas já sente o impulso de se reinventar.

Vejo esse recomeço como um momento muito produtivo. Estou dando mais valor às coisas. O mundo estava precisando dar uma chacoalhada. Infelizmente, perdemos muitas pessoas. Mas temos um aprendizado.

Em papo com Splash, a apresentadora fala sobre o desejo por mais oportunidades e a esperança no futuro do Brasil.

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Luciana Gimenez quer mergulhar em novos projetos fora da RedeTV!
Imagem: Instagram

Nova chance

À frente do "Super Pop" desde 1999, Luciana festeja a longevidade e o pioneirismo do programa na RedeTV!. "É revolucionário. Os assuntos tratados hoje na mídia, eu já tratava lá atrás: preconceito contra gays, contra gênero. É um programa democrático"

Diante de um novo cenário na TV brasileira, em que, nos últimos meses, vimos Faustão migrar para Band e Marcos Mion chegar à Globo, será que Luciana consegue se imaginar em outra emissora?

Em 2013, foi convidada a trocar o Brasil pelos EUA e assumir uma das vagas do "The View", na ABC, ao lado de nomes como Whoopi Goldberg e Barbara Walters. "Tive vários convites. Não fui, infelizmente. Se arrependimento matasse, eu não estaria aqui. Perdi essa oportunidade de fazer algo diferente", desabafa.

Hoje, eu mudaria de emissora? Sim. Chega uma hora que você bate em um teto. Quero tentar outras coisas, sair da zona de conforto. Gostaria sim de ir pro streaming, canal fechado, ser atriz.

"Poderia apresentar programas em inglês, francês, italiano. Falar três línguas me coloca na frente de muitas outras pessoas da área, algo que acho que não está sendo aproveitado. Levar o nome do Brasil para fora como a Anitta."

Brasil em questão

Muitos anos antes de ser eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro era figura frequente no "Super Pop" quando ainda era deputado federal. Luciana não acredita que tenha contribuído de forma alguma com a escalada do então deputado, diminui a importância da presença dele no programa e diz que "não tinha nenhuma intenção política".

O Bolsonaro era só um personagem, como a GretchenLuciana Gimenez

"Eu não tenho partido político. Sou só apresentadora de televisão. Se ele ganhou ou não depois, aí já não é comigo. Somos um programa de TV e só. Não tenho nada a ver com o Bolsonaro, nada a ver com política", continua.

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Bolsonaro recebe Luciana Gimenez no Palácio do Planalto, em Brasília
Imagem: Divulgação/RedeTV!

Mesmo distante das questões políticas, a apresentadora avalia o atual momento que o país enfrenta, ainda em meio a crise sanitária e econômica causada pela covid-19:

"Nessa pandemia, senti um começo de união das pessoas fazerem umas pelas outras. Vivemos num país só. Todo mundo junto. As pessoas precisam começar a entender que dedicação traz sucesso. Se dedicar ao trabalho com vontade, prazer, fazer o que gosta, talvez nem sinta que é trabalho", opina a apresentadora.

"Acho que os brasileiros não têm noção do quanto somos especiais. A gente tem de lembrar que é um país bonito, que tem tudo para dar certo. Não dá para perder a esperança. O brasileiro precisa de um pouco de autoestima. Espero que os brasileiros sintam essa energia, essa vontade de melhorar. Quando a gente não está com fome, não consegue as coisas. Temos de nos motivar", conclui.