Repórter do SBT na Ucrânia detalha estratégia de proteção: 'Não ser alvo'
O repórter do SBT, Sérgio Utsch, que tem feito a cobertura da guerra travada entre a Rússia e a Ucrânia, detalhou uma estratégia de proteção orientada pelas autoridades ucranianas, como forma de minimizar as chances de se tornar alvo das tropas russas que invadiram o país europeu na semana passada.
Por meio de seu perfil no Twitter, Utsch contou que a orientação é manter as luzes dos cômodos posicionados de frente para as ruas apagadas, a fim de não chamar a atenção dos invasores.
"Um dos procedimentos de segurança adotados em Kiev é apagar as luzes dos cômodos posicionados para a rua. É uma precaução para não chamar a atenção e não virar alvo", publicou.
No Twitter, o repórter também tem relatado alguns destaques da guerra, como o fato de ter começado a nevar em Kiev, o que pode ser vantajoso para as forças de Moscou, que são melhores "equipadas" para operar nesse contexto climático.
Repórter deixa Kiev
Hoje, Sérgio Utsch anunciou nas redes sociais que, em meio as tensões de uma provável tomada de Kiev pelas tropas da Rússia, ele e milhares de pessoas estão deixando a capital ucraniana, mas têm enfrentado grandes congestionamentos.
"Estamos a 100 quilômetros de Kiev. Congestionamento enorme. Estamos parados há quase uma hora. Milhares, como nós, tentam se afastar da capital", escreveu em uma postagem.
Posteriormente, Sérgio Utshc contou que foram necessárias seis horas de viagem para conseguir percorrer 200 quilômetros.
"Muitos congestionamentos e inúmeras barricadas para sair de Kiev. [Uma] sirene tocou agora em uma das cidades pelas quais já passamos", explicou, sem revelar para onde está indo.
No sexto dia do confronto armado entre Rússia e Ucrânia, as tropas de Moscou continuam suas investidas para se apoderar da capital Kiev. Enquanto não obtém êxito, o exército russo tem feito ataques em outras frentes, a exemplo de Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, em uma ação que deixou ao menos 10 mortos e 20 feridos.
Outro ataque a uma base militar em Okhtyrka deixou mais de 70 soldados ucranianos mortos e também fez vítimas fatais entre os russos.
A crise também se reflete no número de refugiados: Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 660 mil ucranianos já deixaram o país com medo dos confrontos.
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