Mateus Carrilho comenta fluidez sexual: 'Não posso me colocar em uma caixa'

O cantor Mateus Carrilho ficou conhecido como integrante da Banda Uó e vem investindo na carreira solo desde o fim do grupo. Nos últimos anos, lançou músicas em parceria com artistas como Pabllo Vittar, Glória Groove e Duda Beat.

Aos 33 anos, ele se prepara para lançar o primeiro álbum. "Amadureci muito, aprendi muito, evoluí, tive tempo para idealizar esse trabalho. Estou por trás de cada detalhe. Estamos no processo, mas não tenho dúvida que será uma virada de chave na minha carreira", disse em entrevista concedida à Quem.

Seu último single, Faz Fumaça, conta com a participação do ator João Guilherme — que tem a aparência comparada com Mateus desde que aderiu ao bigode fininho.

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"É uma brincadeira nossa. A gente se conhece a um tempinho, e as pessoas sempre comentam a semelhança no visual, o bigode, o cabelo, as roupas, a gente aproveitou o hype e se juntou", contou.

Ele diz lutar para que os cantores do ritmo pop tenham mais aceitação. "O pop masculino, se assim posso dizer, ainda é um bebê no Brasil. Então, já é um mercado mais difícil por isso. Mas acho que estamos conseguindo contar uma nova história, abrindo caminho. Sempre penso que é possível.

Ele comenta ainda que foi mal-interpretado no passado ao dizer que não se identificava mais como gay:

Estava falando sobre fluidez sexual. Percebi há alguns anos que eu não posso me colocar dentro de uma caixa e fim. Acho que somos múltiplos. Nós estamos criando novos imaginários, novas perspectivas, isso também amplia nosso campo de desejo. A gente se descobre em lugares que não imaginávamos. Hoje, alguns anos depois, já percebo que as pessoas estão mais abertas a essa discussão. Mateus Carrilho em entrevista à Quem