Com Alzheimer, pai de Paulinha Abelha ainda não sabe da morte da filha
Felipe Marques, empresário do Calcinha Preta, revelou que o pai de Paulinha Abelha ainda não sabe da morte da filha. Gilson, conhecido como "Seu Abelha", tem Alzheimer e era cuidado pela artista.
"Paulinha foi uma mãe para o próprio pai. A gente sabia desse amor que ela tinha por ele, e vamos continuar ajudando no que for preciso. Vamos fazer tudo por ela", disse o empresário em entrevista ao "Extra".
Felipe comentou como as pessoas próximas à cantora, morta em 23 de fevereiro, estão lidando com o luto. Ele diz que Clevinho, viúvo de Paulinha, é quem mais tem sofrido.
Os dois eram muito ligados. Ele a acompanhava em todos os shows, ensaios. Estavam juntos 24 horas por dia. É um menino de ouro. Felipe Marques em entrevista ao "Extra"
A banda se prepara para o retorno aos palcos no próximo dia 11 de março. Os integrantes terão um acompanhamento com psicólogos antes de voltarem a cantar sem Paulinha.
"A gente sabe que o primeiro show será o mais difícil. Não dá para marcar uma data sem saber se a voz vai sair, se eles estarão descansados. A vida tem que continuar, é assim que se ameniza a dor", diz o empresário.
Cada um tem sentido o luto de uma forma. Para mim, por exemplo, é como se "minha irmã" tivesse ido viajar para bem longe, mas uma hora ela vai voltar. Daniel fala o tempo todo que a ficha não caiu. Silvânia, pelo amor de Deus, não está conseguindo dormir há dias! Felipe Marques em entrevista ao "Extra"
Ainda neste mês será lançado um DVD inédito, gravado em dezembro em Belém do Pará. A faixa "Paulinha" será um dos destaques da produção.
"A música sempre foi uma homenagem a ela. Confesso que tem sido muito difícil revisitar essas imagens. Quando cheguei ao estúdio, me deu vontade de chorar. Paulinha estava tão linda nesse dia. A ficha ainda não caiu. Mas me seguro, pois sei que preciso finalizar esse trabalho para continuar o legado dela", diz o empresário.
Morre Paulinha Abelha, vocalista do Calcinha Preta, aos 43 anos
Laudo aponta causas da morte da cantora
O laudo feito após a morte de Paulinha foi divulgado no "Domingo Espetacular" (RecordTV) de ontem. Quatro doenças foram apresentadas como responsáveis pelo falecimento da artista: meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite.
A primeira, uma inflamação do cérebro e dos tecidos vizinhos, é, geralmente, causada por uma infecção, que, no caso da artista, ainda tem origem investigada. Outro documento, intitulado de painel toxicológico, encontrou 16 substâncias no corpo de Paulinha, como anfetaminas e barbitúricos, que podem ser o caminho para mais respostas sobre o caso.
Um dos medicamentos, encontrados no corpo da artista, é um tarja preta comumente usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos adversos a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.
O marido da cantora, Clevinho, além de colegas da artista, relataram que ela estava sofrendo com os enjoos durante seus dias em São Paulo, onde o Calcinha Preta cumpria agenda. Apesar do forte mal-estar, ela optou por visitar o hospital apenas ao chegar em Aracaju, capital de Sergipe, onde morava com o marido e o pai.
O remédio fazia parte de uma receita médica fornecida pela nutróloga que acompanhava Paulinha. Além disso, a profissional também receitou um antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática garcinia cambogia.
A droga é "potencialmente hepatotóxica", ou seja, possui substâncias químicas que podem causar danos ao fígado, que podem levar até mesmo à hepatite fulminante.
Já os barbitúricos, também encontrados no corpo da cantora, são geralmente aplicados como sedativos, inclusive em ambiente hospitalar, para evitar convulsões. O momento em que eles foram ministrados e sua influência no corpo de Paulinha também são investigados.
Internação
Paulinha morreu em 23 de fevereiro, aos 43 anos, após 12 dias internada em hospitais de Aracaju (SE). A cantora chegou a um estado de coma profundo e, segundo a equipe médica responsável, teve um agravamento rápido de lesões neurológicas que levaram à morte cerebral.
Em entrevista coletiva realizada um dia antes da morte, os médicos da cantora informaram que ela estava em escala de Glasgow 3, ou seja, a "mais grave do coma" — uma pessoa saudável tem a escala Glasgow 15.
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