Suprema Corte dos EUA decide manter anulação de condenação de Bill Cosby
Oito meses após ser liberado da prisão depois de condenado por agressão sexual e ter decisão anulada, o ator e comediante Bill Cosby, 84, recebeu mais decisão da Justiça estadunidense a seu favor. Segundo o site TMZ, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu hoje manter a anulação da sua condenação por 4 votos a 3, rejeitando assim a reabertura do caso.
Cosby foi considerado culpado em julgamento de 2018 sobre o caso em que foi acusado de drogar e abusar sexualmente de Andrea Constand, uma ex-administradora da Universidade Tample, em sua residência na cidade de Filadélfia, em 2004.
A anulação da sua condenação ocorreu em junho de 2021, após juízes da Suprema Corte do Estado da Pensilvânia considerarem que ele teve seus direitos violados no processo, já que a decisão de um ex-procurador distrital do Condado de Montgomery de não processar Cosby ainda em 2005 em troca de seu depoimento em um caso civil, foi usada contra ele no julgamento de 2018.
Kevin Steele, promotor do condado de Montgomery, na Pensilvânia, pediu ao tribunal em novembro de 2021 que revisasse a decisão da suprema corte deste estado do nordeste dos Estados Unidos de anular a sentença contra o ator devido a um depoimento incriminador considerado contrário à lei. O pedido foi rejeitado pela Suprema Corte, o que significa que o ator está livre do caso.
Muitas vozes se levantaram contra essa decisão como um desprezo ao movimento #MeToo, que denuncia a violência contra as mulheres. O mais alto órgão judicial dos EUA informou em seu site que "indeferiu" o recurso, sem dizer o motivo, conforme noticiou a AFP.
De acordo com a CNN, o publicitário Andrew Wyatt fez uma declaração em nome de Cosby e sua família, elogiando os juízes da Suprema Corte "por seguirem as regras da Lei e protegerem os direitos constitucionais de todos os cidadãos americanos".
Ele ainda disse que a decisão é uma vitória para o ator e criticou os promotores, alegando que "a corrupção que se encontra dentro do Ministério Público do Condado de Montgomery foi trazida para o centro do mundo".
A rejeição do pedido de revisão feita pela Suprema Corte foi feita sem comentários. Com ficha criminal limpa em relação a esse caso, o site TMZ ressalta que Cosby ainda enfrenta uma ação por agressão sexual movida por Judy Huth, uma das 60 mulheres que o acusou de assédio, agressão sexual ou estupro que teriam ocorrido entre 1960 e 2000. Contudo, os casos prescreveram.
Relembre prisão
Bill Cosby ficou preso de 2018 a 30 de junho de 2021 pela agressão sexual de 2004 a Andrea Constand. O primeiro promotor encarregado do caso decidiu em 2005 não processar Cosby no tribunal criminal, mas instou-o a depor nas ações civis apresentadas pela denunciante, e ele concordou.
Durante a audiência, o ator admitiu ter dado a Andrea Constand um sedativo e a submetido a toques, acreditando que ela deu seu consentimento, pois não havia protestado.
Mas esse testemunho foi usado contra ele durante o julgamento criminal, quando um novo promotor, Kevin Steele, decidiu relançar o caso anos depois. Bill Cosby, 84, apelou da condenação para a Suprema Corte da Pensilvânia.
William Henry Cosby Jr., seu nome completo, foi condenado em 2018 a um mínimo de três e máximo de dez anos de prisão, e passou quase três atrás das grades.
O ator foi um dos primeiros afro-americanos a fazer sucesso na telinha, onde interpretou o pai ideal em seu programa de televisão.
*Com informações da AFP
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