Apresentador deixa o Globo Rural; veja jornalistas que saíram da Globo
O apresentador Vico Iasi, chefe de redação do "Globo Rural", está de saída da TV Globo após 30 anos na emissora carioca. A despedida do comunicador, mesmo que por vontade própria, marca mais um episódio da dança das cadeiras no setor de comunicação da empresa carioca, que nos últimos meses tem sido notícia recorrente pela dispensa de jornalistas.
Diversos profissionais de comunicação do canal pertencente a família Marinho deram adeus à empresa, alguns deles após décadas de serviços prestados, em um momento no qual a Globo revê suas formas de contrato e enfrenta uma crise de imagem.
Há aqueles que não tiveram seus contratos renovados e, portanto, foram dispensados, os que optaram por ir atrás de novas oportunidades na concorrência, o que demonstra que a Globo, embora ainda líder absoluta de audiência, não é mais o pote de ouro no final do arco-íris, àqueles que saíram por questões pessoais. Relembre alguns casos:
Vico Iasi
Apresentador e chefe de redação do "Globo Rural", Vico Iasi optou por deixar a emissora por motivos pessoais, para se dedicar mais a carreira musical — ele tem um projeto com a banda de rock Carbono 5.
Iasi entrou na Globo em 1992 como repórter e editor do Globo Ciência, programa que buscava traduzir o conhecimento científico para o público geral e era exibido aos sábados pela manhã. Ele também passou pela CBN e, posteriormente, o "Globo Rural".
Renato Machado
Na Globo desde 1982, Renato Machado foi dispensado no ano passado. Na empresa, o jornalista atuou como correspondente internacional em Londres. Em seguida, se tornou apresentador e editor-chefe do "Bom Dia Brasil", entre 1996 e 2010. Em 2011, ele retornou para a capital inglesa, até que em 2016 voltou ao Brasil para integrar o time de profissionais do "Globo Repórter", até ser demitido.
Francisco José
O jornalista Francisco José integrou o quadro de funcionários da Globo por 46 anos e se tornou especialmente conhecido na região Nordeste. O repórter se tornou um dos primeiros com sotaque fora do eixo Rio-São Paulo a produzir reportagens para o "Jornal Nacional". Chico José também passou pelo "Globo Repórter" e, entre outros grandes eventos, fez a cobertura de quatro Copas do Mundo (1978, 1982, 1986 e 1994).
José Hamilton Ribeiro
José Hamilton Ribeiro foi desligado da Globo após mais de 40 anos na emissora. O primeiro trabalho do jornalista na empresa foi como freelance em uma reportagem exibida pelo "Globo Rural" na comemoração de seu primeiro ano de existência, em 1981. No ano seguinte ele passou a integrar a equipe fixa do programa.
O jornalista, que também passou por "Fantástico", "Globo Repórter" e "Globo Rural", perdeu uma perna ao pisar em uma mina durante a cobertura da Guerra do Vietnã para a extinta revista "Realidade", em 1968.
"Repórter Secreto"
Na mesma data em que José Hamilton Ribeiro deixou a emissora, também foi anunciado o desligamento de Eduardo Faustini. Ele se tornou conhecido como "repórter secreto" pelas reportagens feitas para o "Fantástico".
Trabalhando na emissora desde 1996, o repórter nunca exibiu o rosto na televisão para preservar a integridade física. Mesmo com a decisão, Eduardo já foi ameaçado por conta das investigações em que participou.
Isabela Assumpção
A repórter especial também se despediu da emissora, após 41 anos de casa. Ela chegou a cobrir o Massacre do Carandiru e ganhou o prêmio Vladimir Herzog com a matéria Pais que Sequestram, exibida no Globo Repórter em 1998.
Monalisa Perrone
Depois de duas décadas como apresentadora de telejornais da TV Globo, Monalisa Perrone trocou o canal e migrou para a CNN Brasil, em busca de novas oportunidades.
Na Globo, Perrone atuou como repórter e apresentou noticiosos como "SPTV" (hoje "SP1" e "SP2", "Bom Dia SP", "Bom Dia Brasil" e o "Hora 1", além de comandar as transmissões do Carnaval de São Paulo.
Márcio Gomes
Gomes foi outro nome do jornalismo da Globo que deixou o canal pela CNN Brasil. Com 24 anos dedicados à emissora carioca, o comunicador teve passagem por todos os telejornais diários do canal: "Jornal Nacional", "Bom Dia Brasil", as duas edições locais de jornais de São Paulo e Rio de Janeiro, "Jornal Hoje" e "Jornal da Globo".
Alberto Gaspar
O jornalista Alberto Gaspar foi demitido da TV Globo após 39 anos de casa. O repórter entrou na Globo no início da década de 1980. Ele foi correspondente internacional e cobriu casos importantes para a emissora, como a morte de Tancredo Neves e as Diretas Já. Para o Memória Globo, Gaspar contou da vez em que cobriu, em 2008, quando Israel atacou a Faixa de Gaza.
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