R$ 1,5 milhão? Especialistas acham que 'BBB' seria sucesso até sem prêmio
O prêmio de R$ 1,5 milhão não é mais o principal atrativo do "Big Brother Brasil". Em tempos de redes sociais e publicações patrocinadas — os famosos 'publiposts' —, a visibilidade, a relevância e a fama que os participantes podem conquistar dentro do reality show pesam mais na hora de aceitar um convite.
Saindo do programa com uma boa reputação e querido pelo público, o participante pode atrair muitas marcas e até cobrar mais caro por um trabalho no Instagram, por exemplo. É o que garante a especialista em marketing de influência Paula Zulian.
"Com certeza isso é um fator que influencia e que vai fazer as marcas quererem se associar a esses perfis. A audiência e o alcance automaticamente estão lá em cima, o engajamento também vai estar alto nesse momento, então, os valores de publicidade consequentemente também acabam aumentando", disse Paula a Splash.
Ainda assim, se quiser conquistar R$ 1,5 milhão fora do programa, é importante que o participante pense em uma estratégia de comunicação ao sair do reality, para agregar propósito ao posicionamento e criar um público fiel nas redes sociais.
Julio Beltrão, diretor artístico da Mynd, relembrou os exemplos de Juliette e Gil do Vigor, do "BBB 21", que fecharam inúmeros contratos depois do programa — inclusive com marcas que também estavam por lá.
"É muito importante que o participante entre no programa sabendo que ele precisa tratar muito bem as marcas, porque possivelmente surgirão contratos pós-reality. Foi assim com a Juliette, o Gil e muitos outros que saem da casa com um bom contrato assinado com marcas patrocinadoras do programa", afirmou.
Afinal, em quanto tempo se faz R$ 1,5 milhão?
Calcular quanto um influenciador digital ganha é relativo, porque isso não depende somente do número de seguidores, mas também da relevância e da autoridade que o perfil tem.
Apesar disso, podemos pensar em números. Influenciadores com cerca de 15 milhões de seguidores, ou até mais, no Instagram — como é o caso de Jade Picon, Juliette, Gil do Vigor e outros não só ex-BBBs — podem facilmente ganhar R$ 1,5 milhão em um mês de trabalho.
"Juliette deve fazer mais do que isso todo mês, tranquilamente. Uma campanha com a Juliette deve custar mais de R$ 1 milhão, porque a imagem dela está muito cara, ela tem muitos views, além de muitos seguidores", disse Rodrigo Azevedo, CEO e fundador da Influency.me, empresa que mapeia dados de milhares de influenciadores digitais.
Esses caras são estrelas que são contratadas eventualmente para campanhas muito grandes, com muito dinheiro. Rodrigo Azevedo
Já Julio Beltrão, da Mynd, afirmou que em breve veremos influenciadores digitais bilionários, já que o marketing digital cresce a cada ano e que essas personalidades também entenderam que, além de criar conteúdo, também podem criar — e vender — produtos e experiências, como é o caso de Bianca Andrade e Gkay.
Não se assuste se em breve tivermos influenciadores digitais bilionários do Brasil e do mundo. Julio Beltrão
"Para espanto de alguns, um influenciador do tamanho da Gkay, Gil do Vigor, Bianca Andrade, Felipe Neto e Felipe Tito, por exemplo, pode faturar R$ 1,5 milhão em apenas um mês, e esse número não é nem um pouco assustador. O que em um reality show as pessoas demoram três meses para conseguir depois de muito suor, luta e privações, aqui fora, muito rapidamente, elas podem se tornar milionárias", ponderou.
E não são só as celebridades com números exorbitantes que conseguem chegar ao valor do prêmio do "BBB" com facilidade. Para a especialista Paula Zulian, influenciadores com aproximadamente cinco milhões de seguidores podem ganhar R$ 1,5 milhão fazendo publicidade no Instagram em até seis meses.
Vale lembrar também que o Instagram pode não ser a única fonte de um influenciador digital. Outras redes como o YouTube e o TikTok também podem gerar renda.
Esses nomes muito grandes já têm uma certa relevância no mercado, então eles conseguem ter valores maiores. Paula Zulian
Então, por que famosos entram em realities?
A prova de que o valor do prêmio não é mais o principal chamariz do "Big Brother Brasil" é justamente a entrada de celebridades no programa. O objetivo passa a ser o que pode ser feito após o reality show.
"Por que influenciadoras grandes como a Boca Rosa ou a Jade Picon vão para o 'Big Brother'? Essas celebridades estão frequentemente inventando alguma coisa para se manter na onda, e o programa pode dar um impulso. Os participantes pequenos vão porque não têm nada a perder, os grandes vão por vaidade ou porque acham que assim vão conseguir sair de lá melhores do que estavam, e isso se reverte em dinheiro" disse Rodrigo Azevedo.
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