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Ator mirim do filme de Gentili nega pedofilia e detona: 'Cagação de regra'

Bruno Munhoz e Daniel Pimental ao lado de Danilo Gemtili nos bastidores de "Como se tornar o pior aluno da escola" - Reprodução
Bruno Munhoz e Daniel Pimental ao lado de Danilo Gemtili nos bastidores de "Como se tornar o pior aluno da escola" Imagem: Reprodução

Colaboração para Splash, em Maceió

17/03/2022 07h48

Os atores Brunho Munhoz, hoje com 17 anos, e Daniel Pimentel, de 22, que protagonizaram o filme "Como se tornar o pior aluno da escola", escrito por Danilo Gentili, negaram que a produção faça apologia à pedofilia e criticaram a "cagação de regra" que colocou a produção no centro de uma nova polêmica.

Em entrevista ao jornal "O Globo", os atores destacaram que muitas pessoas que criticam o filme sequer assistiram a produção e não compreenderam que "tudo faz parte de uma obra de ficção".

"Nos tempos de hoje, com essa cultura do ódio e do cancelamento, alguém joga um vídeo curto que não mostra a cena inteira, e isso já é visto como apologia à pedofilia. Sendo que, em momento algum, a gente faz isso. Muito pelo contrário", declarou Pimentel.

Segundo Pimentel, durante a gravação da polêmica cena, que envolve o ator Fabio Porchat, ele agiu "naturalmente", pois consegue "lidar muito bem" com o politicamente incorreto.

"Essa cagação de regra não era desse jeito antigamente. Nos anos 70 e 80, o burburinho não era uma coisa tão grande assim. Foi uma cena normal. Uma cena tranquila! Sem nenhum incômodo, sem nenhuma tensão. Faço arte, sou ator e estudo para me sentir à vontade. O que há ali é só um diálogo fictício", completou.

Na cena em questão, que se tornou alvo de polêmica, o personagem de Porchat, que é o vilão da história, pede aos adolescentes que o masturbem.

Na época do lançamento, o Ministério da Justiça, que ontem alterou a classificação indicativa do filme, havia autorizado exibição para o público a partir dos 14 anos, e o filme foi bastante elogiado por bolsonaristas, que hoje são exatamente aqueles que criticam a obra, a exemplo do deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), que chegou a parabenizar Danilo Gentili pelo trabalho — agora, ele deletou a postagem.

Membros do governo Jair Bolsonaro (PL), como o secretário de Cultura Mario Frias, defenderam a censura do título. Posteriormente, Danilo Gentili rebateu Frias e postou uma cena de novela em que o ator agride uma mulher no rosto na novela "Os Mutantes", da Record, e ironizou por ele "fazer apologia" à agressão contra mulheres.