Maria analisa experiência no 'BBB 22' após briga envolvendo 'comadres'
Maria, que foi expulsa do "BBB 22" (TV Globo) ao agredir Natália com um balde na cabeça, desabafou sobre a experiência de viver no reality após a briga envolvendo Natália, Linn da Quebrada e Jessilane durante a festa do líder Lucas.
Nas redes sociais, a cantora contou como os ânimos ficam exaltados no confinamento e falou das diferentes personalidades dos brothers e sisters.
"As pessoas me perguntam tanto como é ver o jogo de fora da casa, mas eu gostaria de dizer como é estar dentro do reality mais vigiado do pais: é um mundo paralelo. Na sua bagagem, você só carrega o que conhece. Um jogo que vale muita coisa, mas para cada um, tem um preço. E por mais que todos zerem ali dentro, os pontos de partida são questões individuais. Alguns nascem em 'berços de ouro', outros conseguem construir os próprios 'castelos' ao longo dos anos, até chegar ali. Porém, têm os que se quer alcançaram a pá e areia. Traduzindo: são grandes diferenças de classe social, raça e gênero disputando e morando juntos, num mundo de sobrevivência, onde só existe a gente!", iniciou.
Maria ainda refletiu sobre como os participantes abrem mão da sua vida real para viver a experiência no reality:
"Sem previsão de hora, de tempo, do dia e do amanhã. Não conseguimos nos manter sãos assistindo as notícias, redes sociais, as ruas, a inflação... Imagina sobreviver num mundo sem notícias de quem vocês amam? Você, literalmente, só tem aquelas pessoas. Mas elas disputam com você em tudo. Vale dinheiro, vale um prêmio, vale provas, vale uma oportunidade... Vale o fim de uma carreira? Ou a chance de recomeçá-la? É um risco que só se comete uma vez, e não é para todos", refletiu.
Jogo de humanidade: sobre ver os outros como espelhos e reagir de acordo com o que se autoconhece e se sabe desse bicho que é o ser humano. Mulheres pretas são individuais, têm vivências individuais. Temos erros também, traumas, sabotagens, gatilhos, vivências e equívocos. Somos um coletivo enquanto luta ou enquanto raça, mas existem divergências. Todas as pessoas pretas dessa casa têm vivências diferentes - e num geral, todos dessa casa, porém, só olham e julgam um grupo como 'coletivo' - por isso, normal que nem sempre hajam concordâncias. Em um mundo ideal, todos nos apoiaríamos e nos defenderíamos, mas na vida real, nem todos têm acesso, muito menos bem resolvidos, Maria.
Maria finalizou pedindo empatia do público para "olharem com amor essas mulheres":
"Também nunca vi alguém que tivesse todos os amores e inimigos da mesma cor, classe e gênero. É utópico! Olhem com amor essas mulheres: elas são maiores do que os números das suas redes sociais levantando uma piada em cima das dores delas; olhem com carinho essas mulheres, pois ponto de partidadelas, muitas vezes, é a solidão. Esse lugar nos atravessa de forma muito mais potente do que a vida real, já que a opção de ir embora é julgamento do Brasil ou um botão de desistência para abrir mão do sonho: ambos exigem coragem. Eu amo o entretenimento e ter feito parte de um, mas, por favor, ao menos por alguns minutos do dia... Se coloquem lá dentro e reflitam".
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