Invasão e calcinhas: Isaac, dos Hanson, revela loucuras de fãs brasileiras
Há diversos motivos para artistas estrangeiros adorarem virem ao Brasil, mas um dos principais é a paixão dos fãs brasileiros. É o caso de Isaac Hanson, o guitarrista e vocalista da banda Hanson, que fala com carinho e entusiasmo sobre a relação que mantém com as pessoas do país.
Em conversa com Splash, o músico relembra as diferentes demonstrações de amor que recebeu durante as suas diversas visitas. "Recebemos incontáveis cartas, com muitos metros de comprimento. Eram rolos e rolos de papel que diziam: 'Eu te amo, venha ao Brasil'", lembra Isaac.
Com tanto amor que recebemos, não ficamos surpresos quando aconteceram diversas invasões de hotéis e calcinhas sendo jogadas em nós. Essas coisas acabaram sendo previsíveis para a gente e se tornaram tradições.
Para o guitarrista, o público brasileiros é o mais divertido para se apresentar. "O nível de engajamento e empolgação é o mais alto". "Desde que começamos a tocar, os fãs do Brasil são os que cantam mais alto. Com certeza que tenho problemas de audição graças ao povo brasileiro", brinca. "Não era o volume dos instrumentos, eram os gritos!"
Composto pelos irmãos Isaac, Taylor e Zac, o trio voltará ao Brasil em outubro deste ano para se apresentar em sete shows que acontecerão em diferentes cidades: São Paulo, Ribeirão Preto, Curitiba, Porto Alegre, Uberlândia, Brasília e Rio de Janeiro.
A iminência de voltar ao país é bem empolgante para Isaac: ele é um fã declarado da comida brasileira e de caipirinha. "Nada se compara à caipirinha feita no Brasil. Eu já tentei beber em outros lugares e todas as vezes senti que algo estava muito errado. Não sei, mas acho que é a cachaça nos Estados Unidos que é ruim, ou o limão", diz. "É horrível e isso me deixa muito bravo, toda vez. Eu sempre falo: 'Garçom, com licença, isso não parece certo"'.
Para o artista de 41 anos, unir o amor recebido dos fãs à gastronomia do país é como um sonho realizado. "Somos sortudos de ter a oportunidade de nos conectar com pessoas ao redor do mundo por meio da música. E, desta maneira, conhecemos e vivenciamos todos estes ótimos momentos no Brasil."
"Limites pessoais"
São apenas três irmãos Hanson que ficaram famosos, mas a mãe e o pai do trio, Diana e Walker Hanson, contam ao todo com sete filhos. Este número poderia até mesmo impressionar, no entanto, Isaac, Taylor e Zac seguiram o exemplo dos pais e também formaram famílias numerosas. Ao todo, os três são pais de 15 crianças.
O guitarrista é o que tem menos herdeiros, "apenas" três: Clarke, de 14 anos, James, de 12, e Nina, de sete. "Todos temos os nossos limites pessoais. Todos nós. Meus pais escolheram ter sete filhos, é o que eles queriam", conta. "Eu amo crianças, mas eu não consigo lidar tanto, então fico com três. Zac consegue lidar com cinco e, aparentemente, Taylor pode lidar com sete", brinca ao falar da quantidade de sobrinhos que tem — isso porque são apenas os membros do Hanson.
Com tanta gente na família, ele confessa: "Eu chamo todo mundo pelo nome errado várias vezes, acontece."
Sobre a possibilidade de os primos se juntarem e começarem uma nova banda, Isaac tem apenas uma restrição: não podem se chamar Hanson. "Se eles começarem um Hanson 2, eu mesmo processo eles! Nós já temos os direitos autorais e eles não podem roubar o nome da nossa banda", brinca. "E sabe por quê? Porque você é obrigado a ser mais criativo do que colocar o seu sobrenome como o nome da sua banda."
30 anos de estrada
Conhecidos internacionalmente desde 1997, quando o hit "MMMBop" chegou às rádios de diferentes países, os Hanson começaram a se apresentar juntos em 1992 e nunca mais pararam. Ao todo, eles contam com sete álbuns de estúdio lançados e três indicações ao Grammy.
Para comemorar os 30 anos de carreira, o trio lançará ainda em 2022 o disco "Red Green Blue", composto por três projetos solos de cada um dos membros. Com um terço do álbum escrito e produzido por cada irmão (Taylor escreveu Red; Isaac, Green; e Zac o Blue), o novo trabalho reúne as três vozes criativas.
"É definitivamente uma novidade. Decidimos para o nosso 30º aniversário que faríamos um álbum diferente de qualquer outro que já fizemos. E decidimos que iríamos dividi-lo em três partes. E pela primeira vez em nossa carreira dissemos um ao outro: 'Não vou escrever uma música com você, não vou ser seu editor'."
A experiência foi positiva aos Hanson e trouxe diferentes aprendizados, tanto sobre a banda como entre eles e o processo de criação. "Acho que os fãs que nos seguem há muito tempo definitivamente vão ouvir muitas coisas com as quais se sentem familiarizados. Mas acho que há algumas coisas que sairão um pouco diferentes do que eles esperavam."
Para Isaac, a expectativa é a de disponibilizar o novo o álbum e ter uma recepção dos fãs digna do público brasileiro. Afinal, para ele, é o melhor do mundo.
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