Tia Má relata racismo em ida a supermercado: 'É desesperador'
A influenciadora e jornalista Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, desabafou nas redes sociais e relatou ter sofrido racismo em ida a um supermercado em Lauro de Freitas (BA). Os posts foram feitos no final da manhã de hoje.
"É desesperador precisar provar que não vamos roubar, é doloroso ser 'perseguida' dentro de uma loja porque se tem um tipo suspeito. E é preciso que as lojas entendam que a segurança, mesmo que terceirizada, é responsabilidade das redes. Era para ter sido uma ida rápida ao mercado, mas fui discriminada", introduziu ela em uma publicação no Instagram.
Maíra contou que chegou a relatar para a gerência sobre o ocorrido e que em um primeiro momento negou que ela tivesse passando por uma situação racista.
"É sempre em silêncio… nada é dito, mas o 'segurança' te segue…e ao falar com a gerente primeiro tenta negar o fato, mas ao perceber que eu não era uma pessoa desinformada a mesma concordou e disse que falaria com o funcionário, mas fiz questão de reafirmar que não é um problema dele e sim da loja", afirmou.
Tia Má disse ter falado que se o profissional está a serviço do supermercado, é a rede que o administra que também segue ela e acaba a colocando como suspeita. Ela marcou o perfil do supermercado, G Barbosa e também enviou mensagens para a conta oficial da rede: "Absurdo o treinamento oferecido a equipe de vocês, que trata gente preta como suspeita", escreveu ela.
Na publicação, Maíra afirmou que chorou com o que passou: "Fiquei paralisada e ao entrar no carro chorei, só agora consegui escrever, porque dói demais…precisei gritar para o homem parar de me seguir, e ele me seguindo estava me sentindo coagida. Me fortaleci porque estava na companhia de minha tia".
Segundo a jornalista, que esteve no "Domingão com Huck" (TV Globo) exibido ontem, outras duas clientes afirmaram situações de discriminação "já é uma constante na loja G Barbosa de Vilas [do Atlântico]". "Que isso deixe de fazer parte do nosso cotidiano", pediu Maíra.
No Twitter, Tia Má foi mais incisiva no relato: "Fui falar com a gerente e fiz questão de dizer que essa é uma abordagem inclusive violenta. Porque colocar um homem para seguir uma mulher nos causa medo. Será que não aprendem? Quando os 'outros' roubam dizem que é transtorno, quando a gente apenas chega somos suspeitos".
Splash tentou contato com a rede G Barbosa para confirmar o ocorrido e pedir posicionamento. O grupo Cencosud, responsável pela rede, também foi procurado, mas ambos não retornaram. O espaço segue aberto e será atualizado quando houver retorno.
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