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Danilo Gentili cutuca bolsonaristas após polêmica no MEC: 'Escandalizou'

Danilo Gentili ironizou bolsonaristas em meio a polêmica com o ministro da Educação, Milton Ribeiro - reprodução/YouTube
Danilo Gentili ironizou bolsonaristas em meio a polêmica com o ministro da Educação, Milton Ribeiro Imagem: reprodução/YouTube

Colaboração para Splash, em Maceió

23/03/2022 10h45

Depois de ter sido atacado por políticos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que o acusaram de pedofilia, o humorista Danilo Gentili ironizou o silêncio dessas mesmas pessoas, após o ministro da Educação, Milton Ribeiro, envolver o governo federal no meio de um novo escândalo.

Por meio de seu perfil no Twitter, o comediante repostou um áudio obtido pela Folha de S.Paulo, em que Ribeiro diz que, a pedido de Bolsonaro, ele tem priorizado pastores sem ligação com o MEC (Ministério da Educação) para distribuir recursos federais às prefeituras.

"Isso aqui escandalizou menos os moralistas do que uma cena ficcional de um filme", escreveu Danilo Gentili.

Segundo denúncias, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que não possuem cargos no governo, têm sido agraciados por Milton Ribeiro com a benesse de negociar verbas do MEC e, inclusive, indicar quais prefeituras deveriam ter prioridade. Os dois evangélicos chegaram a se encontrar com o presidente Jair Bolsonaro em pelo menos quatro ocasiões, conforme O Globo.

Na segunda-feira (21), a Folha divulgou um áudio em que o ministro afirma ter havido um "pedido especial" de Bolsonaro para atender aos pleitos do pastor Gilmar Santos.

Agora, segundo o prefeito Gilberto Braga (PSDB), do município de Luis Domingues, no Maranhão, um dos pastores que negociam transferências de recursos pediu 1 kg de ouro para conseguir liberar verbas de obras de educação para a cidade. O pastor em questão teria sido Arilton Moura.

Após a repercussão negativa do caso —que contou também com uma pressão da bancada evangélica, que estabeleceu prazo de 24 horas para o ministro se posicionar —, Milton Ribeiro emitiu um comunicado admitindo encontro com os pastores citados, mas negando qualquer irregularidade.

Ribeiro também negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha pedido atendimento preferencial a prefeituras apadrinhadas por pastores. Na nota, o ministro não esclareceu porquê os dois pastores fazem a ponte entre prefeituras e o MEC.