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Filha de Belchior confessou 1ª facada em vítima de homicídio durante júri

De Splash, em São Paulo

23/03/2022 19h10

Isabella Belchior, filha do cantor Belchior, morto em 2017, foi condenada hoje a nove anos de prisão pelo assassinato de Leizer Buchwieser dos Santos.

O crime aconteceu em 2019 em São Carlos, no interior de São Paulo. A EPTV, afiliada da TV Globo na cidade em que também foi realizado o júri popular, informou que ela confessou ter dado a primeira facada na vítima.

A filha do cantor não informou o total de facadas e nem apontou qual a participação dos outros réus durante o júri. Junto com Isabella também foram condenados pelo crime Estefano Rodrigues e Bruno Thiago Dornelas Rodrigues.

Além do homicídio, eles também foram declarados culpados por ocultação de cadáver. Apenas Estefano contou com um advogado particular durante o julgamento. Os demais recorreram aos advogados da Defensoria Pública, informou a EPTV.

Os acusados tiveram entre 40 e 45 minutos para contar a própria versão do caso. A promotoria também teve liberdade para confrontar os depoimentos dos réus durante o júri.

Jaqueline Dornelas Chaves, companheira de Isabella, era suspeita por ter em contato com a vítima no dia do crime — foi para ela que a vítima enviou a proposta de pagar por sexo com uma criança. No entanto, o juiz chegou à conclusão de que ela não participou do assassinato e a absolveu das acusações.

Splash teve acesso à decisão. O juiz responsável pelo caso reduziu a pena por "relevante valor social" — de 12 para nove anos de reclusão. Segundo depoimentos, a vítima tinha histórico de pedofilia e ofereceu dinheiro para fazer sexo com uma criança ou uma mulher grávida.

Em declaração para a Record TV horas antes da condenação, Denise Maria Menegheli Garcia, mãe de Isabella, disse acreditar que a filha tenta realmente assassinado Leizer Buchwieser dos Santos em 2019, mas que foi uma reação.

Splash procura o contato da defesa de Isabella. O texto será atualizado caso seja compartilhado um posicionamento.

Entenda o caso

Isabella alegou legítima defesa ao depor sobre o homicídio de Leizer Buchwieser em 2020. Ela disse em depoimento na época que Santos tentou forçá-la a ter uma relação sexual e por isso reagiu.

O caso aconteceu em 26 de agosto de 2019. Na investigação, a polícia descobriu que Santos praticava crimes sexuais envolvendo menores de idade. Ele teria marcado um encontro com Jaqueline, que levou sua sobrinha de 3 anos de idade.

A filha do cantor Belchior e a companheira ficaram foragidas por cinco meses até se entregarem para a polícia há dois anos.

"Acabaram matando ele no local, colocaram no carro, jogaram o corpo em um lugar e incendiaram o veículo. Nós investigávamos o caso como homicídio, depois fomos descobrindo o envolvimento de Leizer com a pedofilia", disse o delegado Gilberto de Aquino, na ocasião.