'Bridgerton' retorna para 2ª temporada com menos sexo e mais drama
Se a primeira temporada de "Bridgerton" chamou atenção do público pelo escapismo e pela beleza do Duque de Hastings (Regé-Jean Page), a segunda dá uma guinada para outro lado. Não que faltem romances ou tensão sexual entre os protagonistas, mas o que mantém a história no lugar são temas um pouco mais profundos e sérios.
Desta vez, Daphne (Phoebe Dynevor) faz poucas e rápidas aparições, enquanto Simon (Page) realmente não está na temporada, como o próprio ator já havia anunciado. No lugar deles, o romance coloca na linha de frente outro Bridgerton: quem procura a esposa ideal é Anthony (Jonathan Bailey), o irmão mais velho e esquentadinho, que abre a temporada fazendo uma lista das características que a mulher de seus sonhos precisa ter.
Enquanto isso, a rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) escolhe quem será o "diamante" da temporada, ou seja, a jovem solteira eleita a mais cobiçada. Sua escolhida acaba sendo a doce Edwina Sharma (Chaithra Chandran), por quem Anthony se encanta imediatamente.
O problema é que ele precisa da aprovação da irmã mais velha da garota, a protetora Kate (Simone Ashley) — que não gosta nada de Anthony e não faz questão de esconder o descontentamento.
Não demora para a história se transformar em um romance daqueles de "inimigos que se tornam amantes". Desses dos quais a literatura e as "fanfics" estão cheias.
Menos sexo, mais emoção
Embora a conexão física de Daphne e Simon a partir do "relacionamento fake" tenha sido um fator primordial para o sucesso da primeira temporada de "Bridgerton", a segunda vai por outro caminho.
A natureza da relação entre Anthony e Kate, que está no centro da trama, é muito diferente. Os dois têm uma boa química, que vai mais para o lado da conexão mental e de como os dois se alinham em pensamentos, ideias e traumas do que pela atração entre corpos.
Por isso, para quem está esperando cenas tão quentes quanto as dos oito episódios anteriores, é melhor alinhar as expectativas.
"É um triângulo complicado com fluxos e refluxos e que muda de forma ao longo da temporada", contextualiza o ator.
"A abordagem superficial que Anthony tem sobre casamento no início da série coloca Edwina na mira dele. Ela foi orientada por Kate para se casar bem. No papel, é a esposa perfeita (...) Quanto mais Anthony avança com Edwina, mais vemos seus medos e seus sentimentos se desenvolvendo por Kate, que são análogos ao trauma de seus pais."
Decisões complicadas
A inserção destes dramas não significa que o tom escapista e folhetinesco da primeira temporada tenha ficado de lado.
Alguns núcleos ainda inserem discussões mais sérias, com toques feministas e progressistas que adicionam substância à trama de época. Isso acrescenta sem tornar a série algo que ela não é.
"Anthony toma decisões difíceis e complicadas, e Kate também", segue Bailey. "Há muitas nuances e complexidade no romance desta temporada. É um trio de personagens diferente de tudo o que já vimos antes. Esta série é sobre crescer e aprender a se amar para poder amar outra pessoa, e todos os personagens demonstram isso de maneiras diferentes."
Para ele, retornar com a responsabilidade de encabeçar a série que se tornou um fenômeno tão grande ainda é algo surreal:
"Acho que ainda não me toquei", declarou. "Os últimos anos foram muito malucos para o mundo e acho que esse também é um dos motivos do sucesso de Bridgerton. A série chegou na hora certa, emocionou a todos e trouxe o romance que todos nós merecíamos depois de um ano muito complicado."
O ator de 33 anos sentiu a responsabilidade de assumir este protagonismo, e conta como fez suas preparações:
"Esta temporada exigiu muita calma, firmeza e preparação, tive que me esforçar muito. Entrei em forma, comecei a cuidar mais da alimentação e dormi bastante, o resto foi consequência."
Os oito episódios da segunda temporada de "Bridgerton" já estão disponíveis na Netflix
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