Tributo a Taylor Hawkins, mesmo, só no fim da homenagem no Lolla
Anunciada como homenagem a Taylor Hawkins, o baterista do Foo Fighters morto a dois dias do show no Lollapalooza Brasil, a apresentação de encerramento do festival pouco teve de tributo na parte inicial.
Em compensação, teve muito de ato político, inflamado pela decisão do TSE de proibir manifestações político-eleitorais no evento após um pedido do partido do presidente Jair Bolsonaro, que se incomodou com as repetidas críticas ouvidas nos palcos e plateias do festival.
O show foi dividido em três atos: o primeiro teve Emicida como mestre de cerimônias e participações de gigantes do rap brasileiro, como os Racionais Mano Brown, Ice Blue e KL Jay, Djonga, Criolo, Drik Barbosa, Rael e Bivolt. Em seguida, foi a vez da banda de rap-rock carioca Planet Hemp se apresentar.
Dois momentos incríveis, mas, fora algumas lembranças esporádicas ao baterista do Foo Fighters, o que se viu foram críticas e xingamentos a Bolsonaro, incentivo ao voto nas eleições deste ano (estampada na camiseta de Criolo) e até um coro de "Olê olê olá, Lula, Lula", puxado por Marcelo D2 durante o show do Planet.
Tributo, mesmo, só no terceiro ato, com os covers de sucessos como "Everlong" que a banda Ego Kill Talent tocou para uma plateia já esvaziada.
Os momentos mais emocionantes aconteceram na abertura e no encerramento da apresentação: no começo, com um vídeo-homenagem a Taylor Hawkins, seguido por uma versão da banda de Emicida de "My Hero", música do álbum "The Colour and The Shape". E no fim, com a versão de "Best of You" que o Foo Fighters tocou na apresentação de 2012 no Lolla Brasil, ovacionada pela plateia que resistiu até o final.
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