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Ex-empresária diz que pagou multa de R$ 260 mil para Anitta sair da Furacão

Colaboração para Splash, no Rio de Janeiro

29/03/2022 19h41

Em participação no "Venus Podcast", Kamilla Fialho abriu o jogo sobre como começou a empresariar Anitta e admite que pagou uma multa milionária para tirar a cantora da Furacão 2000. A empresária recorda como começou a falar com Anitta — na época, ela já agenciava o cantor Naldo.

"Começaram a entender que vinha aí uma nova tendência de música, que era o funk com pop, funk eletrônico... E os artistas que tinham o perfil, ou que tinham a mesma vontade do Naldo, de fazer um DVD enorme, de gravar com artistas maiores. (...) A Anitta e procurou com 17 anos. 'Ah, queria te conhecer, queria conversar com você'. Ela já estava na Furacão 2000 e, nesse período, Anitta estava na geladeira da Furacão", conta.

Fialho revela que as duas conversaram durante muito tempo - na época, Anitta estava na Furacão há um ano e tinha um contrato de quatro anos.

"Ela sempre foi muito f*da, já fazia os clipes dela sozinha, já colocava o balé quando todo mundo falava: 'Ih, que ridículo, balé de salto...'. Assim como falavam pro Naldo: 'Por que está fazendo essas dancinhas?'. São dois visionários, esquece", elogia, afirmando que a cantora sempre foi estratégica, enquanto o funkeiro era mais 'visceral, coração'.

Com 18 anos, faltando três anos para o encerramento do contrato com a Furacão, Anitta teria pedido ajuda novamente, afirmando que não conseguia mais ficar na empresa. "Tudo o que eu precisava era de um artista com essa mesma disposição de se tornar pop, migrar pro streaming e tal. E ela já sabia exatamente o que ela queria, o que ela precisava", aponta.

Multa

Segundo a empresária, a decisão da cantora já estava tomada e Anitta, ainda sem experiência, pediu para enviarem um e-mail afirmando que já estava trabalhando com Kamilla, mesmo o negócio não estivesse fechado e a artista continuasse na Furacão. O comunicado chegou a Rômulo Costa:

"Dois dias depois ela recebeu notificação que não podia fazer show, consequências de alguém que não tinha experiência. Hoje em dia é claro que a gente não faria isso. E a gente ficou com um p*ta B.O. pra resolver, porque o Rômulo falou: 'Quer tirar daqui? Paga multa'. Eu tinha R$ 260 mil, que foi o que eu dei. Eu peguei o extrato, eu falei 'Eu tenho R$ 260 mil da minha vida, pega isso aqui e libera a garota'", lembra.

Kamilla e Anitta, então, fizeram um acordo para a artista devolver a quantia ao longo dos shows que realizasse. "Isso não estava dentro do nosso combinado. [O combinado foi] 'Vou te pagar por datas'. Só que, nesse momento - (antes) o cachê dela era R$ 1.500 —, nesse momento estava R$ 7 mil. Três meses depois, o cachê já estava R$ 15 mil. Quatro meses depois, o cachê já estava R$ 40 mil", revela.

Portanto, segundo a empresária, elas precisaram fazer um novo acordo, onde a multa era de R$1 milhão. "Só que quando a gente refez a nossa negociação, a multa começou a ser baseada no valor de cachê: quanto mais o cachê subisse, maior seria a multa", explica.

Por fim, Fialho recorda o início da briga entre as duas e revela que, nesta época, o cachê estava em R$ 150 mil.

"A multa ficava muito mais alta, por isso esse auê midiático, porque tinha muita grana envolvida, e aí as pessoas se interessam em saber qual é o bafo", revela.

A empresária ainda admite sobre o resultado do B.O.: "Eu não consigo dizer que eu ganhei, porque foi tão desgastante - tanto pra mim, quanto pra ela -, que ninguém ganhou nessa história", conclui.