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Oscar é criticado por tirar categorias de transmissão ao vivo: 'Excluídos'

Elenco e equipe de "No Ritmo do Coração" recebe Oscar de 2022 de melhor filme - Getty Images
Elenco e equipe de 'No Ritmo do Coração' recebe Oscar de 2022 de melhor filme Imagem: Getty Images

De Splash, em São Paulo

29/03/2022 22h16

O Oscar 2022 trouxe polêmicas mesmo antes do tapa do ator Will Smith em Chris Rock no palco da premiação. A organização decidiu que 8 prêmios seriam dados antes da transmissão ao vivo, o que revoltou membros da Academia.

Além de premiar 8 categorias com antecedência, a Academia também optou por adicionar apenas trechos editados dos discursos dos vencedores na transmissão oficial.

O site Hollywood Reporter ouviu membros da Academia, que criticaram a atitude e apontaram que o formato precisa ser revisto para as próximas edições.

Segundo o relato, a mensagem sobre a mudança de formato passada aos membros explicou que o Oscar precisava controlar o tempo de duração. A transmissão terminou após 3 horas e 40 minutos ao vivo.

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'Pior Oscar que já foi ao ar'

Um dos desabafos sobre a decisão do Oscar foi do sonoplasta Paul Massey, que concorreu ao Oscar de melhor som com o filme "007 - Sem Tempo Para Morrer". A categoria foi uma das excluídas da transmissão ao vivo.

"Esse foi realmente o pior Oscar que já foi ao ar. Foi inchado e sem nenhuma diretriz para mantê-lo dentro de três horas de duração, como foi prometido para quem participou das oito categorias gravadas. Fomos excluídos sem motivo", afirmou ao site.

"Eles ainda não conseguiram se encaixar em todos os discursos de aceitação de 45 segundos nas oito categorias excluídas", disse um membro da Academia em conversa ao THR.

Outra pessoa que faz parte da organização do Oscar alegou que o plano de transmissão pensado para 2022 "parecia muito desrespeitoso para muitos dos indicados e vencedores".

Joe Walker, editor do filme "Duna", fez um discurso sobre aceitação ao receber o Oscar de melhor montagem na premiação. Ele afirmou entender a pressão enfrentada pela Academia.

"Todos nós estamos juntos na Academia com a mesma força, e eu sinto que isso foi um desserviço", apontou ele.

"Espero que este seja o último ano que eles façam isso", torceu o diretor do premiado "The Windshield Wiper", Alberto Mielgro. "Foi como enganar as pessoas", afirmou Jenny Beavan, vencedora da categoria figurino com "Cruella".

O diretor Frank Oz também se manifestou contra a premiação nas redes sociais. "Depois de ser membro por 30 anos, estou envergonhado de ser associado à transmissão do Oscar. Não por conta do tapa, mas sim pela falsidade na premiação", escreveu no Twitter.

"Senti uma tentativa desesperada de conseguir mais espectadores por qualquer meio possível, não uma premiação sobre o amor por fazer filmes", completou Oz.