Bruce Willis não lembrava falas e disparou arma fora de hora, dizem colegas
O anúncio de que Bruce Willis fará uma pausa na carreira após ser diagnosticado com afasia pode ter sido uma surpresa para os fãs do ator, mas quem trabalhava com ele já sabia que algo estava errado.
O jornal Los Angeles Times entrevistou mais de 20 pessoas que filmaram com Bruce Willis nos últimos anos, e os depoimentos mostram que o estado cognitivo dele já estava se deteriorando: o ator se esquecia de suas falas, por vezes não conseguia lembrar o motivo de estar no set e já até disparou uma arma cenográfica fora de hora.
Segundo os relatos, Bruce Willis usava um ponto na orelha para que alguém ditasse suas falas. Dois membros da equipe de "White Elephant" dizem que, durante a gravação no ano passado, o ator questionava: "Eu sei por que você está aqui, e eu sei por que você está aqui, mas por que eu estou aqui?"
Não ficamos irritados, mas foi mais tipo: 'Como podemos evitar que a imagem de Bruce fique manchada?'. Alguém dizia a fala para ele e ele não conseguia entender o significado. Ele era um marionete. Membro da equipe de 'White Elephant'
O diretor Jesse V. Johnson diz que, depois dessa experiência, se recusou a trabalhar com o ator novamente: "Todos somos fãs de Bruce Willis, mas o acordo parecia errado e uma forma triste de terminar uma carreira incrível. Nenhum de nós se sentiu confortável".
No filme "Difícil de Matar" (2020), Bruce Willis interpretou o pai da atriz Lala Kent. Em uma das cenas, ele deveria dizer uma determinada fala antes de disparar uma arma cenográfica — a fala seria a deixa da atriz para se abaixar.
No entanto, mais de uma vez, ele se esqueceu de dizer a fala e disparou balas de festim nas costas dela: "Da primeira vez, eu disse que tudo bem, vamos começar de novo", conta a atriz. Ela pediu para o diretor lembrá-lo da fala, mas não funcionou.
O diretor não se pronunciou sobre o caso, e o armeiro da produção negou que o acidente tenha acontecido. No entanto, alguns membros da equipe confirmaram o caso sem se identificarem, e um deles acrescentou: "Sempre garantíamos que ninguém estivesse na frente dele quando ele estava manuseando armas".
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