Diversas famosas já usaram a própria visibilidade para resgatar traumas do passado e conscientizar a população em relação a abusos e assédios. Em entrevistas, relatos nas redes sociais ou livros de memórias, elas contam quando homem - amigos, familiares ou desconhecidos, cometeram os crimes.

Mas a realidade não é restrita apenas às famosas. Dados de 2020 mostram que uma menina de até 13 anos é estuprada a cada 15 minutos. Essa faixa etária corresponde a 53,8% de todas as vítimas. Outro levantamento do LinkedIn diz que quase metade das brasileiras já sofreu assédio sexual no trabalho.

Confira o nome e a história de 10 personalidades que já tiveram coragem para narrar os abusos sofridos:

Xuxa Meneghel

Na biografia "Memórias", Xuxa revelou suas histórias mais íntimas. A Rainha dos Baixinhos contou, inclusive, sobre os abusos que sofreu de pessoas próximas na infância. Por isso, até hoje, ela tem uma mania que não consegue superior: a de tomar três a quatro banhos por dia.

Luana Piovani

No início do ano, Luana Piovani deu entrevista à emissora portuguesa SIC e contou que foi abusada sexualmente aos 8 anos por um vizinho. Na época, não entendia que precisava pedir socorro à mãe, mas suspeitava que era errado. Apesar da terapia, ainda não consegue lidar com o ocorrido.

Luiza Brunet

Luiza Brunet já disse em entrevistas que os abusos sexuais que sofreu aos 13 anos poderiam ter causado "sequelas irreversíveis". "Depois que comecei a falar, me senti mais leve. Vejo que agora as meninas estão se encorajando [para denunciar]", disse em conversa com Antonia Frering.

Oprah Winfrey

Fora do Brasil, figuras como a apresentadora norte-americana já falaram sobre o assunto. Ela, que teve infância pobre e difícil, sofreu uma série de violências, incluindo um estupro aos 9 anos por um membro de sua própria família. Agora, ela fala sobre o tema para conscientizar.

Lady Gaga

A estrela norte-americana engravidou aos 19 anos após ser estuprada por um produtor musical. Em entrevista a Oprah, revelou ter desenvolvido estresse pós-traumático e dores pelo corpo "como resultado da violação e por não ter lidado com o trauma" em terapias.

Sharon Stone

Em seu livro de memórias, a artista falou abertamente sobre a época em que ela e a irmã eram abusadas pelo avô. Ela também já foi assediada por um diretor de cinema, além de sofrer violência médica em uma operação nos seios.

Rita Lee

A Rainha do Rock contou em sua biografia que foi abusada com uma chave de fenda por um técnico de máquina de costura ainda na infância. "Quando escrevi como o fato ficou impresso na minha memória, meio que desencantou por si só. A ferida foi curada", disse à Folha de S.Paulo.

Ellen Rocche

No 'Encontro', da TV Globo, a atriz paulistana contou que já foi assediada, pelo menos, quatro vezes no transporte coletivo. "No ônibus, essa história do cara começar a chegar e se esfregar, eu mudava de lugar, encarava e o cara ficava constrangido", disse.

Karol Conká

A ex-BBB é outra personalidade que levanta o debate de abusos em ônibus. Quando tinha 14 anos e ia para as aulas de dança contemporânea, a rapper curitibana foi incomodada por um homem desconhecido que dizia: "vou te encontrar no ônibus". Ela deixou de fazer as aulas por isso.

Joanna Maranhão

Hoje, a nadadora dá nome a Lei Joanna Maranhão após ter denunciado o ex-técnico Eugênio Miranda por estupro, ainda quando era criança, em uma carta aberta. Ela também tem uma ONG contra abuso sexual infantil. "Abuso é sempre uma ferida aberta", disse em entrevista ao Universa, do UOL.

A lei em questão estabelece que o prazo de prescrição de abuso sexual de crianças e adolescentes seja contado a partir da data em que a vítima completa 18 anos, quando a mulher pode fazer a denúncia.