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Reinaldo Gottino após internação: 'Fiquei com medo, achei que ia morrer'

Reinaldo Gottino no "Balanço Geral SP" - Edu Moraes/Record
Reinaldo Gottino no 'Balanço Geral SP' Imagem: Edu Moraes/Record

Filipe Pavão

De Splash, no Rio

31/03/2022 04h00

Uma semana depois de passar mal nos bastidores da Record TV e ser levado às pressas a um hospital de São Paulo, o jornalista Reinado Gottino, de 44 anos, conta o que passou por sua cabeça naquele momento. Ao sentir dores no peito e ter um pico de pressão, ele ficou com medo de ter alguma doença grave, o que já foi descartado pelos médicos.

Não estava me sentindo bem, fui para o ambulatório da emissora e dei uma surtada. Fiquei com medo, pois achei que ia morrer.

"'Será que estou infartando?', pensei na minha esposa e nos meus filhos, tenho uma relação legal, curto eles demais, pensei: 'não posso ir embora agora, Deus'. Comecei a chorar como uma criança. Aí, o pessoal que estava ali ? dentre eles, Fabíola Reipert, Renato Lombardi e Marquinhos ? se desesperou e me levou para o hospital", completa.

Recuperado do susto, o apresentador do "Balanço Geral SP" tranquiliza os fãs e conta que está tudo bem com a sua saúde. Em entrevista a Splash, ele ainda agradece o apoio que recebeu nas redes sociais.

"Estou me sentindo muito bem, feliz, vivo, empolgado e cheio de gás. Depois de um susto grande na semana passada, estou como quem sonha. Eu não imaginava que era tão querido, descobri pessoas que admiram meu trabalho, que se importam", conta.

Reinaldo Gottino, Fabiola Reipert e Renato Lombardi no 'Balanço Geral' - Antonio Chahestian/Record - Antonio Chahestian/Record
Reinaldo Gottino, Fabiola Reipert e Renato Lombardi no 'Balanço Geral'
Imagem: Antonio Chahestian/Record

Mas o que aconteceu de fato?

Na quarta-feira passada (23), Gottino chegou à sede da Record por volta das 6h30, mas não apresentou o "Balanço Geral SP" na hora do almoço como de costume. Por volta das 9h, ele sentiu dores no peito e pensou que "não devia ser nada". Mas, às 11h, voltou a sentir o incômodo e foi levado ao Hospital Moriah, em São Paulo, onde ficou em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até o dia seguinte.

As dores, na verdade, não eram uma novidade. Ele já havia sentido o sintoma anteriormente. Ao chegar ao hospital, fez uma série de exames, incluindo uma angiotomografia, que visualiza as artérias e veias do corpo. Para a surpresa dele e do médico, felizmente, Gottino não tinha qualquer problema cardíaco ou neurológico.

"Eu sou um cara de fé. Após o exame, o médico me perguntou: 'como são os seus hábitos alimentares?'. E eu respondi que são os piores possíveis. Eu adoro uma festa, adoro sair e comer com os amigos. Outro dia, saímos da Record e fomos a São Caetano comer torresmo... Vai vendo", relembra.

"Então, o médico me disse: 'estou achando estranho porque seu coração é igual ao de uma criança de 10 anos, zero gordura, zero inchaço, zero obstrução. O seu coração não tem nada'. Depois, ele fez outra análise e descobriu uma inflamação no aparelho digestivo, no esôfago, me solicitou mais exames e me falou: 'pelo menos, isso não mata, só incomoda, é mais fácil de tratar'", completa.

Novos hábitos

Apesar de não ter problemas cardíacos, Gottino precisará reforçar a atenção em relação ao sistema gástrico. Por isso, irá investir na prática de atividades físicas. "O médico me pediu para fazer mais atividade física, eu sou muito relaxado em relação a isso, eu faço esporte uma vez por semana, que é o futebolzinho de sábado, e só", explica.

Ele, que se considera uma pessoa calma e não sabe o motivo do pico de pressão na semana passada, revela que a mudança não será apenas física, mas também mental. A partir de agora, quer "viver e dar o melhor de si" às pessoas. Não é à toa que voltou ao comando do programa na sexta-feira passada (25), um dia após ter alta médica e estar liberado pela emissora.

"Fiquei impressionado com o carinho das pessoas. Me senti abraçado. Foi algo muito comovente e quero retribuir isso. Estamos vivendo tempos odiosos, difíceis, de intolerância e agressividade, agora, quero aproveitar cada momento para fazer coisas relevantes para as pessoas", revela.

Nunca tinha ido para a UTI. Foi um divisor de águas. Pensei muito na vida: não temos mais tempo para pensar em besteiras. Temos que colaborar com o mundo