Poligamia: onde uma pessoa com 8 mulheres poderia se casar oficialmente?
O modelo brasileiro Arthur O Urso chamou a atenção da mídia internacional, não pelo seu trabalho, mas por ter oito esposas. Ele, que mantém um perfil no site adulto OnlyFans, contou em entrevista para o site "Daily Star" ser adepto do amor livre.
Oficialmente, é casado com Luana Kazaki. Seu sonho, diz, é casar com dez mulheres e ter um filho com cada uma delas.
O Brasil, no entanto, não permite que Arthur seja casado com mais de uma pessoa. A bigamia (se casar novamente, enquanto ainda é legalmente casado com outra) e a poligamia (união com três ou mais indivíduos) estão descritas no Código Penal, na área de crimes contra a família.
Diz o artigo 235 do Código Penal, que contrair novo casamento, sendo casado, prevê pena de reclusão, de dois a seis anos.
Assim como no Brasil, a monogamia é uma abordagem padrão para os casamentos realizados na Europa e nas Américas do Sul, Central e do Norte.
Nos EUA, apesar de ser crime ter mais de um cônjuge desde 1882, raramente as pessoas são processadas por viver com vários parceiros românticos. Em 2020, o estado de Utah aprovou uma lei para descriminalizar a poligamia. Agora a prática é tratada como um delito de pequena ordem, como uma infração de trânsito.
A poligamia, apesar de aceita legalmente em diversas regiões da África, Oriente Médio e Ásia, não é amplamente praticada, de acordo com a Pew Research divulgada em 2020. Apenas cerca de 2% da população global vive em lares polígamos.
A África Subsaariana é a região onde a poligamia é mais frequente: mais de 10% da população vive com mais de um cônjuge. A maioria dos quase 60 estados onde a poligamia é aceita são nações muçulmanas.
Já a poliandria —quando uma mulher tem dois ou maridos— é ilegal em praticamente todos os países e estritamente proibida pelo Islã.
Conheça quatro países onde se casar várias vezes é permitido por lei e praticado pelos moradores.
Camarões
A poligamia é legal em Camarões. O casamento com mais de duas esposas é visto como símbolo de riqueza e status para os homens e mais praticado nas áreas rurais do país. Diferentemente de outros países, os homens não têm limitação em relação à quantidade de esposas que podem ter. Apesar da facilidade e do incentivo à prática, a poligamia vem diminuindo lentamente devido a razões econômicas e sociais.
Afeganistão
Apesar de estar prevista em lei, a poligamia é exercida por menos de 1% dos homens muçulmanos que vivem no país, segundo a Pew Research. Mas se o homem desejar, segundo o Alcorão, ele pode tomar no máximo quatro esposas e tem permissão para tratar todas elas igualmente. Porém, muitas vezes os regulamentos do livro sagrado não são seguidos, por isso os afegãos acabam tendo um número maior de esposas e/ou concubinas.
Sudão
Além de ser permitido por lei, o governo também incentiva a poligamia. Em 2001, o então presidente Omar Hassan al-Bashir pediu para que a população tivesse mais filhos por meio dos casamentos múltiplos. O pedido foi feito para que o país tivesse o reforço necessário para se desenvolver. Em 2018, 40% dos casamentos envolviam múltiplas esposas. Mas por ser difícil conseguir manter diferentes mulheres, os homens mais ricos do país acabam se casando mais vezes do que os pobres.
Emirados Árabes Unidos
Nos Emirados, apenas os homens que proferem a fé islâmica têm permissão legal para se casarem com mais de duas esposas. O esposo pode ter até quatro mulheres, desde que ofereça tratamento e sustento iguais para todas. Cada uma delas deve ter sua própria casa, e ainda precisa receber a mesma quantidade de joias, presentes e atenção do marido.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.