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Após alerta, Globoplay bloqueia anúncios em canal de Gabriel Monteiro

O vereador do Rio Gabriel Monteiro está sendo investigado - Flickr/Câmara Rio
O vereador do Rio Gabriel Monteiro está sendo investigado Imagem: Flickr/Câmara Rio

De Splash, em São Paulo

08/04/2022 11h43

O Globoplay bloqueou a exibição de seus anúncios no canal do YouTube do ex-policial militar, youtuber e vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL-RJ). Ele está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio e também pelo Ministério Público por assédio sexual, moral e estupro.

A plataforma de streaming foi "avisada" que seus anúncios estavam sendo exibidos nos vídeos de Monteiro pelo perfil Sleeping Giants Brasil, no Twitter.

"Obrigado por avisar, Sleeping Giants Brasil! Agradeço também a todos que me marcaram nessa postagem. Primeiramente, informo que já bloqueei a veiculação de anúncios neste canal. E reforço que zelo pela veiculação de informações corretas e éticas", afirmou o Globoplay em publicação.

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Tuíte do Globoplay sobre os anúncio em canal do vereador do Rio de Janeiro Gabriel Monteiro (PL-RJ)
Imagem: Reprodução / Twitter

Quem é Gabriel Monteiro

Gabriel Monteiro começou a ganhar notoriedade quando ainda era policial militar no Rio. Ele ingressou na carreira em 2015 e, depois de alguns anos, passou a postar vídeos no YouTube sobre a rotina como PM.

Cristão e filho de um pastor evangélico, Monteiro ganhou ainda mais fama ao postar vídeos no YouTube com críticas à política nacional, ao STF e aos "esquerdistas". Ele era membro do MBL (Movimento Brasil Livre), mas, em novembro de 2019, decidiu sair do grupo quando, segundo Monteiro, passaram se posicionar contra o presidente Jair Bolsonaro, com quem diz ter afinidade.

Aproveitando a fama que tinha como ex-PM e os milhões de seguidores que acumulou nas redes sociais, Gabriel fez campanha e tornou-se um dos vereadores mais votados da história do Rio de Janeiro. Se elegeu com mais de 60 mil votos pelo PSD (Partido Social Democrático). Após eleito, Gabriel passou a usar o cargo como justificativa para fiscalizações dentro de órgãos públicos, mesmo sem autorização oficial.

Em fevereiro deste ano, Gabriel foi acusado de assédio sexual e moral por cinco pessoas. Em uma reportagem da TV Globo, servidores, ex-funcionárias e uma mulher chegaram a afirmar que tiveram relações sexuais com o parlamentar. Uma das vítimas diz que foi estuprada. Pouco tempo depois, o vídeo que mostra o parlamentar fazendo sexo com uma menina de 15 anos foi vazado. Gabriel diz que dois ex-assessores disseminaram as imagens nas redes. O caso é investigado pelo Ministério Público.