Sam Elliott se desculpa por crítica homofóbica a 'Ataque dos Cães'; entenda
Após detonar o filme "Ataque dos Cães" e questionar a relevância da narrativa LGBT na trama, o ator Sam Elliot pediu desculpas por suas falas e alegou que "não foi muito articulado".
Durante um evento para divulgar sua nova série, "1883", o ator se desculpou pelas falas que foram consideradas ofensivas.
"Eu não fui muito articulado. Disse algumas coisas que machucaram pessoas e me sinto horrível. Acho Jane Campion uma diretora brilhante. Quero pedir desculpas ao elenco de 'Ataque dos Cães' (...)", declarou.
"A comunidade gay foi incrível comigo ao longo de toda a minha carreira", ele continua. "E quero dizer toda a minha carreira, desde antes de eu chegar a [Los Angeles]. Amigos em todos os níveis, em todos os trabalhos (...) Sinto muito por ter machucado qualquer um dos meus amigos, pessoas que eu amo e qualquer outra pessoa com as palavras que usei."
Entenda a treta
Em entrevista ao podcast "WTF With Marc Maron" em episódio que foi ao ar no início de março deste ano, Elliot (ator de faroestes que também atuou em filmes como "Nasce uma Estrela", "The Hero" e "O Grande Lebowski") havia feito comentários homofóbicos a respeito do longa de Jane Campion. Ele pareceu incomodado com a performance do ator Benedict Cumberbatch na pele de um fazendeiro gay não assumido, e também direcionou seus ataques à diretora que, mais tarde, venceria o Oscar.
Na ocasião, o também ator Marc Maron perguntou a Sam se ele havia gostado de "Ataque dos Cães", o que ele prontamente negou.
Elliott explicou que assistiu ao faroeste e viu um anúncio em uma página de jornal, que destacava uma crítica alegando que o filme era "a evisceração do mito americano".
Esses cowboys no filme parecem go-go boys, correndo de um lado para o outro sem camisa. E há todas aquelas alusões à homossexualidade ao longo do filme. Cadê o faroeste no faroeste?
Sam Elliott
Por fim, o artista questionou o fato de Jane Champion ter sido escolhida para comandar um filme de faroeste se ela nasceu na Nova Zelândia e não nos EUA.
"Ela é uma diretora brilhante. Adoro seus trabalhos anteriores. Mas que caralho essa mulher de lá debaixo, da Nova Zelândia, sabe do Oeste Americano? E por que caralho o filme foi gravado na Nova Zelândia, chama de Montana e diz 'é assim que era'?"
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