Chris Pine abandona produções de super-heróis: 'Prefiro filmes de espião'
Chris Pine, 41, ficou famoso mundialmente ao estrelar diferentes filmes em sua carreira, desde comédias românticas a produções de ação, mas há dois títulos de muito sucesso que alavancaram ainda mais o nome de Pine em Hollywood: "Mulher-Maravilha" (2017), no qual viveu Steve Trevor, e "Star Trek" (2009), que estrelou como Capitão Kirk - ambos com continuações que também contaram com a presença do ator. Agora, ele pretende mudar um pouco o rumo de seus trabalhos e sua nova empreitada, "All The Old Knives" é a prova disso.
Protagonizado por Pine e Thandiwe Newton ("Westworld"), o filme de espionagem do Amazon Prime Video é bem diferente do que o público está acostumado a ver o ator fazendo. Com uma trama baseada em investigações e longas cenas de diálogos, a produção marca um novo capítulo na carreira do ator, que revelou a Splash qual dos gêneros ele gosta mais. "Com certeza eu prefiro estar em um filme de espião", contou. "É uma grande chance para mim."
"Passamos uma semana inteira gravando uma conversa sentados em uma mesa de jantar. E há muitas nuances e complexidades que podem ser encontradas lá", explica ao detalhar os bastidores do novo filme. "Amo fazer longas de grandes orçamentos, mas às vezes eles podem te desgastar com tanta ação. E você passa meses e meses gravando cenas de ação, sem poder dizer ao menos uma palavra."
Durante a conversa com Splash, Chris Pine recorda com carinho dos filmes em que esteve, mas entende que o momento é de focar em produções menores. "Estou gostando e aproveitando a oportunidade de fazer cenas de uma refeição, por exemplo, que a atuação está em uma frase, ou em um olhar."
Este tipo de filme foi o motivo para que eu começasse a fazer filmes. É romântico, dramático, é de partir o coração. 'All the Old Knives' é tudo isso.
Tensão e Espionagem
"All The Old Knives" já está disponível na plataforma de streaming e acompanha dois ex-agentes da CIA, Henry (Pine) e Celia (Newton) que, durante o período em que trabalharam para a agência, também foram namorados. Anos depois, eles se reencontram para tentar entender o que deu errado durante uma operação contra terroristas. Para Henry, Celia pode ser o principal motivo do fracasso da missão.
Inspirado no romance "Um Jantar Entre Espiões", escrito por Olen Steinhauer, o livro serviu de base também para que os atores desenvolvessem seus personagens. "Eu usei a obra original para sanar qualquer dúvida que eu tivesse", conta Thandiwe Newton.
A atriz também relembrou da ajuda que obteve do diretor Janus Metz, que trabalhou próximo aos astros na criação de seus papéis. "Ele estava muito disponível para me ajudar a construir um passado para Celia, algo que é fundamental para mim. Como atriz, gosto de saber onde os personagens estiveram antes, o que fizeram da vida."
Para contar a história do atentado terrorista e do ex-casal, "All The Old Knives" usa diferentes cenas do passado, quando eram namorados, e do presente, quando Henry tenta descobrir a verdade de Celia. O recurso conta com uso de maquiagens, figurinos e cabelos para demonstrar a passagem de tempo e, segundo Newton, foram ferramentas para contar a história. "Conseguimos que, com todos os recursos, ele ficasse autêntico e bonito, não necessariamente um filme glamouroso, mas o deixamos elegante."
As diferentes linhas do tempo agradam Pine, que adorou ter gravado ambas. No entanto, Newton revelou ter gostado mais das filmagens das cenas que ocorriam no passado. "Tenho um bom motivo para isso, certo?", disse a atriz. Como os personagens eram namorados, os atores chegaram a gravar sequências de maior intimidade entre os dois. "Eles estavam bem felizes, e eu também", brincou.
Guerras
"All The Old Knives" é lançado durante o conflito entre Rússia e Ucrânia e o diretor Janus Metz acredita que, assim como o filme foi inspirado em situações semelhantes que acontecem no Oriente Médio, a atual guerra entre os países também influenciará a indústria do cinema. "Ainda não é possível ter certeza de qual será a influência cultural, mas a arte sempre acaba mudando com esses grandes conflitos da humanidade. A Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, por exemplo, acabaram inspirando diversas histórias de espionagens."
Dinamarquês, Metz está bastante preocupado com o avanço do conflito entre os países. "É um momento muito trágico, e estou muito perto. Há muito tempo não víamos uma situação como essa".
O longa marca a carreira de Janus Metz por ser o primeiro filme de espionagem comandado por ele. "Este foi o meu maior desafio: aprender a manter o público interessado em uma história que estamos acompanhando o seu desfecho". Para ele, a experiência foi positiva, e ele espera ter a oportunidade novamente.
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