'A energia do Pantanal fica impregnada na gente', diz Juliana Paes
A atriz Juliana Paes, 43 anos de idade, está se despedindo de "Pantanal" (TV Globo), novela em que interpretou Maria Marruá, personagem que morre no capítulo de hoje.
Em conversa com a revista "Quem", Juliana falou sobre a energia do local:
"Ao chegar no Pantanal é tudo diferente do que estamos acostumados. É uma locação ímpar e de energia contemplativa. O Pantanal te convida a levantar as orelhas, a lançar um olhar para fora e prestar atenção naquela energia de contemplar. A energia do Pantanal fica impregnada na gente".
Ju Paes ainda contou que o contato com os bichos é direto: "Há muito barulho. Um barulho de natureza. A gente escuta a todo instante os barulhos dos bichos. Enquanto aqui, convivemos com barulhos de buzinas".
Perrengues
"Quase levei uma mordidinha [de um jacaré]. Estar no Pantanal é ter muita história para contar, de situações inusitadas e perrengues. Esse dia do jacaré, estava no rio para uma gravação quando alertaram que tinha um jacaré rondando (risos)", afirmou.
A atriz relembrou que quando pré-adolescente assistiu à versão original da trama, produzida em 1990 pela extinta TV Manchete:
"Como muitos brasileiros da minha geração, 'Pantanal' está em um lugar de memória afetiva de conforto e de paz. Lembro exatamente dos pais assistindo, lembro da cor do sofá em que meu pai sentava para ver a novela. Enquanto assistíamos, a música ecoava pela casa inteira e recordo das cenas com a arara voando e da atmosfera da minha casa para assistir à novela", disse ela, que continuou:
"Resgatar essa memória afetiva nos traz emoção e um lugar de aconchego e também uma certa nostalgia".
Caracterização
"Com a equipe de caracterização, começamos a imaginar como seria o rosto de uma mulher que nunca se protegeu do sol, que nunca usou protetor solar ou chapéu. Melasmas, manchas. Tem também as marcas de expressão, como fazer com que isso ficasse natural? Maria tem as linhas de expressões marcadas, as sobrancelhas não são feitas e deixei meu cabelo branco natural dar às caras. É gratificante poder abrir mão da vaidade e da estética vigente. Mais que abrir mão disso, vejo beleza nas olheiras, eu vejo poesia nas marcas do tempo".
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