Agressão física e furto: Entenda a confusão envolvendo a banda Cidade Negra
A banda Cidade Negra vive um racha. Após os ex-integrantes Lazão, Ras Bernardo e Da Ghama acusarem Toni Garrido de se apropriar da marca "Cidade Negra", o baixista Bino Farias relatou episódios de agressão de Lazão e disse que o músico vendeu, sem avisar, algumas guitarras de Toni.
Fundado em 1986, o Cidade Negra tinha como formação original Ras Bernardo no vocal, Lazão na bateria e na percussão, Bino Farias no baixo e Da Ghama na guitarra. Toni Garrido chegou ao grupo em 1994, com a saída de Ras Bernardo.
No "Balanço Geral" (TV Record) do último domingo, Lazão, Ras Bernardo e Da Ghama, que estão com um novo projeto chamado "Originais Cidade", afirmaram que o técnico do "The Voice+" (TV Globo) se apropriou indevidamente da marca "Cidade Negra".
Toni tem o registro da marca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Em conversa com Splash, o cantor disse que o Cidade Negra só está em seu nome, pois os nomes de Bino e Lazão estavam com impedimentos na época do registro. Para o artista, os ex-integrantes estão criando uma "brigada de ódio" com as acusações.
Bino conta que foi ele quem teve a ideia de chamar a banda de Cidade Negra, após sonhar com o nome.
"O Cidade Negra se chamava Lumiar, mas descobrimos que já tinha uma banda com esse nome. E eles tinham registro no INPI. Cada um levou um nome e eu sonhei com esse nome de madrugada", disse em entrevista a Splash.
Ras Bernardo saiu da banda tem 28 anos. O Da Ghama saiu da banda há 15 anos. A banda continuou comigo, Lazão e Toni. Lazão depois decidiu fazer o projeto com eles, o Originais Cidade. Sendo que originais são os que ficam na banda, que botam a banda para andar, né? Como eu e Toni. Bino
Toni e Bino relatam que o perfil oficial do Instagram do Cidade Negra, que era verificado e contava com mais de 250 mil seguidores, saiu do ar. Segundo os artistas, uma pessoa ainda não identificada criou um novo perfil, fake, e faz publicações se passando por eles.
Splash entrou em contato com o Instagram, que disse que não vai comentar o caso.
A reportagem também tentou falar com a defesa do trio Originais Cidade, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto.
Agressão
Bino relatou que Lazão se tornou agressivo ao longo dos anos. Em um show em Porto Alegre, o baterista teria atingido um soco no baixista.
"O Lazão quase nunca passava o som em shows. E todo mundo passava. Nesse dia, galera tava trocando de roupa no camarim e tinha uma fila gigante pra tirar foto. Lazão começou a falar com o roadie dele, que monta a bateria. Ele começou a falar de forma agressiva que o som estava ruim. Aí o Toni, educadamente falou para ele: 'Lazão, por esse motivo a gente tem que passar som. O roadie não tem como fazer milagre por você'", contou Bino a Splash.
Esse comentário tranquilo do Toni gerou uma agressividade dele e de repente ele avançou pra cima do Toni. Fui me meter para separar a briga, ele deu um soco na direção do Toni que acabou pegando na minha boca e no nariz. Saiu sangue. Tem vários episódios de agressividade dele. E ele é um profissional de luta, faz jiu-jitsu há muitos anos. Bino
Toni Garrido também chegou a falar de violência física em entrevista ao G1. O cantor não quis explicar a briga em contato com Splash, apenas disse que o relato dado ao site era o que tinha acontecido.
"Em 2014, 2015, começaram uma série de violências, o Lazão começou a ficar violento, dentro do próprio grupo, com a gente. Então, um dia, ele me deu um soco no olho que rasgou meu olho e saiu sangue."
"Um dia ele deu um soco na cara do Bino. Ele foi fazendo milhões de coisas. A banda, equipe técnica acompanhando aquilo tudo e me perguntando: 'Toni, você não vai fazer nada? Ele não pode fazer isso, ele tá louco, ele tá pirado", completou ao G1.
Venda de equipamentos
Bino diz que Lazão vendeu instrumentos musicais de Toni sem autorização do músico.
"Na pandemia, Lazão reclamando que tava com dificuldades financeiras e não sei o que, não sei qual foi a intenção dele, se foi por vingança. Ele vendeu algumas guitarras do Toni que estavam no estúdio dele. Duas dessas guitarras eu participei da compra, lá nos Estados Unidos. Eram guitarras que ele adorava. Ele me disse em um áudio que tava precisando de dinheiro e acabou vendendo", relatou.
Splash tentou contato com Lazão, mas ainda não teve retorno até a publicação desse texto.
Novas músicas
Apesar da disputa pelo nome, Toni e Bino têm novas músicas para lançar. "Temos várias músicas. Três músicas já foram gravadas e mais cinco para gravar", conta Bino.
"Eles estão falando que o Cidade Negra acabou. Cidade Negra está mais vivo do que nunca", disse o músico.
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