'Vitalina Varela': filme premiado em Locarno estreia com 3 anos de atraso
Filme de 2019, "Vitalina Varela" é um drama português do premiado diretor Pedro Costa. Exibido em festivais ao redor do mundo (inclusive, no Rio de Janeiro) naquele mesmo ano, o filme chega oficialmente ao circuito brasileiro esta semana, quase três anos depois.
A história acompanha uma mulher de 55 anos, nascida no Cabo Verde, que esperava há 25 anos o seu bilhete de avião para ir a Portugal. Ela o recebe três dias depois do funeral do marido.
Chegando a Lisboa, ela segue os traços físicos que seu marido deixou enquanto estava vivo, e começa a descobrir qual era a vida secreta que o homem levava.
Numa mistura de drama e documentário, o filme retira o seu título do nome da atriz principal, e acompanha esta mulher que reencontra o corpo do homem que não vê há 40 anos, chegando a um lugar estranho que a enxerga como uma estrangeira.
Isolada, ela questiona os lugares do masculino e do feminino durante a trama, e apresenta uma fábula do cotidiano na relação entre Portugal, no lugar de um país colonizador, e Cabo Verde, na noção de um colonizado. Durante todo o longa-metragem, o diretor captura Vitalina de um ponto de vista de resiliência e muita força, tanto física quanto mental.
Com 2h04min de projeção, o filme tem uma narrativa lenta, com planos longos e introspectivos. A história debate temas como luto, feminilidade e adequação a um lugar e a um estilo de vida.
O filme foi o grande vencedor do Festival de Locarno de 2019, e levou o Leopardo de Ouro de melhor filme, além do Leopardo de melhor atriz para Vitalina.
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