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Mário Gomes relembra boato da cenoura no ânus: 'Xingavam quando eu passava'

De Splash, em São Paulo

15/04/2022 13h44

Mário Gomes, ex-galã da Globo, relembra o boato que mais marcou sua carreira: o de que teria dado entrada num hospital nos anos 70 com uma cenoura entalada no ânus.

Em entrevista ao podcast 'Cara a Tapa', ele diz que a informação foi espalhada pelo produtor Carlos Imperial e pelo diretor Daniel Filho, que queria manchar a imagem de Mário Gomes após o ator viver um caso com sua então esposa, Betty Faria.

Mário Gomes afirma que esse não foi o único boato que a dupla espalhou sobre sua vida. Segundo o ator, eles também inventaram que ele caiu da ponte Rio-Niterói e divulgaram informações falsas sobre seu pai, na época já morto.

O ator diz que, a princípio, só se incomodou com as mentiras sobre seu pai. Sobre o boato da cenoura, afirma: "Eu fui ver e ri, achei engraçado. 'Ao dar entrada na maternidade Fernando de Magalhães, entalado com uma cenoura, o ator não sei o que lá, para a retirada do tubérculo...' Eu achei aquilo... Foi uma colocação jocosa, óbvio, uma brincadeira de péssimo gosto, mas uma brincadeira".

Ele pensou em brigar com o diretor, mas desistiu: "Ninguém ia entender que eu fui lá por causa do meu pai. Queriam muito que eu fosse, mas eu sabia que eu não ia. Sou contra a violência física, mas o Daniel achava que eu era a favor, porque com 19 anos eu tinha brigado com um cara e dado um soco nele".

Eles trabalharam num centro espírita, eles trabalharam com panfletos dentro da própria emissora, fizeram uma campanha violenta dizendo que a história da cenoura era verdadeira. Mário Gomes

Depois, no entanto, Mário diz que ficou "apreensivo" com os ataques que passou a receber: "Quebraram a antena do meu carro, arranharam o carro, xingavam quando eu passava. As pessoas ficaram indignadas. Não podia ser gay". Bolsonarista convicto e contra a "ideologia de gênero", o ator completa: "Se fosse hoje, eu ganhava o papel principal. Hoje é o contrário: você tem que ser gay de qualquer maneira, mesmo que você não queira".

Mário relembra o romance com Betty Faria: "Eu me apaixonei por ela e ela por mim, eu achava uma coisa justa. Não entendia aquilo como uma coisa... Ela estava com ele, mas naquela época havia uma espécie de liberalidade, ela saía com outros também. Mas comigo ela colou, acho que o problema maior foi esse, se fosse sair para dar uma volta ele não se incomodava".