Cenoura no ânus, processos, vício em sexo: as polêmicas de Mário Gomes
Galã nas décadas de 70 e 80, o nome de Mário Gomes voltou aos holofotes nesta semana quando ele relembrou o boato que mais marcou sua carreira: o de que teria dado entrada em um hospital, nos anos 70, com uma cenoura entalada no ânus.
Segundo o ator, em entrevista ao podcast "Cara a Tapa", a informação falsa foi espalhada pelo produtor Carlos Imperial e pelo diretor de TV Daniel Filho, por motivo de ciúmes. Mário disse que essa não foi a única mentira contada pelo diretor de TV contra ele.
"Eu fui ver e ri, achei engraçado. 'Ao dar entrada na maternidade Fernando de Magalhães, entalado com uma cenoura, o ator não sei o que lá, para a retirada do tubérculo...'. Eu achei aquilo... Foi uma colocação jocosa, óbvio, uma brincadeira de péssimo gosto, mas uma brincadeira", disse ele.
Romance com Betty Faria e "perseguição" de Daniel Filho
Segundo Mário, o motivo das notícias falsas criadas por Daniel Filho seria o affair que ele teve com a atriz Betty Faria, então esposa do diretor de TV. Os dois trabalharam juntos na novela "Duas Vidas", de 1976, como protagonistas.
"Vou contar tudo e o Daniel Filho vai saber como aconteceu meu envolvimento com a Betty Faria. Ela que me convidou para sair. Ninguém sabia até agora, mas vai saber. Vou contar detalhadamente como se passou a nossa aproximação e como esse ex-diretor me perseguiu dentro da emissora", disse ele, ao jornal O Dia, em 2020, quando estava escrevendo sua autobiografia, ainda não lançada.
De acordo com o ator, Daniel Filho se vingou o afastando das produções da emissora e espalhando notícias falsas contra ele e seu pai, já falecido. "Ele foi um cara de muita crueldade comigo. Usou o poder todo que ele tinha na Globo para me prejudicar. Na época, eu era um ator que estava no auge e tinha uma carreira promissora, mas fui prejudicado", disse Mário, ao jornal O Dia.
Mário pensou em brigar com o diretor de TV, mas desistiu. "Ninguém ia entender que eu fui lá por causa do meu pai. Queriam muito que eu fosse, mas eu sabia que eu não ia. Sou contra a violência física, mas o Daniel achava que eu era a favor, porque com 19 anos eu tinha brigado com um cara e dado um soco nele", explicou.
Mário foi demitido da Globo em 1984, retornou quatro anos depois e ficou na emissora até 2008. Nesse ano, migrou para Record TV, onde permaneceu até 2014. Após sair da TV, montou uma carrocinha para vender hambúrgueres com a família na Zona Oeste do Rio.
Processos por fake news
O deputado federal Marcelo Freixo moveu uma ação por danos morais contra Mario Gomes em 2021. Bolsonarista, o ator teria atribuído ao então deputado pelo PSOL a culpa pela crise de oxigênio vivida nos hospitais de Manaus durante a pandemia de covid-19.
"Fake news é crime, e criminoso tem que ser tratado na Justiça. Esse senhor [Mario Gomes] já foi vítima de fake news que acabou com a carreira dele. Deveria ter aprendido que não se faz isso", disse o deputado, ao UOL.
"Os caras estão matando as pessoas. Não foi o Freixo que arrumou o esquema lá em Manaus para tirar o oxigênio? Tentaram tirar aqui em Cabo Frio [cidade da Região dos Lagos do Rio]. O Freixo tentou. Correram com ele de lá", afirmou Mario Gomes, em áudio que teria sido enviado ao também ator Carlos Vereza.
No entanto, Vereza disse não ter participado da conversa com Mário, por isso, revelou que iria processá-lo também.
"Acabo de entrar com um processo contra o ator Mário Gomes por danos morais e materiais. Espero que aprenda a não gravar um áudio, onde somente ele fala, dando a impressão que estava conversando comigo. E, depois, covardemente, jogar nas redes sociais, sem que eu soubesse do que se tratava. Pena. Aprendeu rápido com o gabinete do ódio a fabricar notícias falsas", escreveu Vereza em seu perfil no Facebook.
Comentário sobre abuso sexual
Mário Gomes minimizou as acusações de assédio sexual contra o ator José Mayer em 2017. Em entrevista à RedeTV na época, ele disse que "isso faz parte da nossa cultura e é uma coisa da natureza da pessoa".
"O 'Zé' é um homem encantador, simpático, preciso e super capacitado. Esse fato ganhou essa proporção e o momento foi inoportuno... Já vi diretores com meninas no colo e você sente que a coisa não é só o fato do carinho e do afeto", afirmou.
Vício em sexo
Durante o podcast "Cara a Tapa", Mário Gomes também falou sobre vício que tinha em sexo quando era mais jovem, fruto de uma criação machista vinda de seu pai.
"Eu era tarado, viciado. Eu não cheirava (cocaína), então, o sexo para mim era uma espécie de droga, uma coisa compulsiva... Eu tinha um pouco de ansiedade. Meu pai falava: 'Tem que comer todas'. Então, foi um pouco disso".
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