'Como Matar a Besta' mistura fantasia e drama na fronteira Brasil-Argentina
A diretora argentina Agustina San Martín foi premiada em Cannes em 2019 com um curta-metagram. Agora, ela volta ao circuito com o longa "Como Matar a Besta", coprodução com o Brasil e o Chile.
A história acompanha Emilia (a estreante Tamara Rocca), uma jovem de 17 anos que chega a uma cidade fortemente religiosa numa região fronteiriça em busca do irmão desaparecido.
Na cidade, ela fica hospedada na casa de uma tia (Ana Brun), próxima a uma floresta onde, diz-se, uma fera apareceu semanas antes. A lenda conta que a besta é um homem mau que toma forma de diversos animais, e Emilia terá que enfrentar seus próprios medos e traumas do passado para alcançar seus objetivos.
Obra Lynchiana?
Para a diretora, o filme traz combinações entre realidade e fantasia, e chegou a ser comparado com as obras de David Lynch em exibição para o público e a imprensa internacionais no festival de Toronto (TIFF).
"Sempre gostei de inventar mundos. Sempre achei a ficção mais empolgante do que a vida real, por isso sempre gostei de filmes de terror", afirmou, revelando também que busca inspirações em todo o mundo.
"Eu me recuso a ser uma única coisa. E, embora eu ame a Argentina e seu cinema, tento fazer o exercício de me imaginar não-argentina. Fazer filmes apenas em espanhol é uma limitação", explicou.
"Vejo filmes de diversos países, e eu amo o cinema exatamente por isso. Posso simpatizar com histórias e pessoas de outros lugares completamente diferentes de onde moro. Interessa-me muito explorar essas possibilidades, que são marcadas não necessariamente por ser argentina, mas por ser humana."
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