Petição para que Amber Heard saia de 'Aquaman 2' tem milhões de assinaturas
Os fãs de Johnny Depp criaram uma petição pedindo que a atriz Amber Heard seja retirada do filme "Aquaman 2" em meio ao processo de difamação em andamento do ator. O pedido já alcançou mais de 2 milhões de assinaturas.
"Faça a coisa Certa. Remova Amber Heard de Aquaman 2", diz a manchete criada por Jeanne Larson na descrição da petição Change.org , que foi criada em 2020. A meta da campanha é de 3 milhões de assinaturas, sobre as quais os fãs esperam que Heard seja impedida de reprisar seu papel como Princesa Mera na sequência de super-heróis dirigida por James Wan, que encerrou as filmagens em janeiro.
A fã do ator passou a citar os supostos "muitos exemplos de abuso doméstico", como quando Heard supostamente deu um soco no rosto de seu então marido. Ela também fez referência ao suposto incidente em que a atriz de "Aquaman" cortou a ponta do dedo de Depp jogando uma garrafa de vodka nele.
"Sobre o incidente durante o qual ela quebrou os ossos do dedo de Johnny Depp e quase o cortou, fazendo com que Depp exigisse uma cirurgia para recolocá-lo e repará-lo", escreveu Larson sobre as alegações. "Ele vai carregar a cicatriz disso para o resto de sua vida", acrescentou.
"Os homens são vítimas de abuso doméstico, assim como as mulheres. Isso deve ser reconhecido e ações devem ser tomadas para evitar que um agressor conhecido seja celebrado na indústria do entretenimento", afirmou.
Os fãs acreditam que a petição é justa, já que Depp foi descartado pela Disney em seu papel como Capitão Jack Sparrow no quinto filme "Piratas do Caribe" depois que Heard o acusou de abuso.
Entenda o caso
Johnny Depp foi substituído em "Animais Fantásticos 3" após perder um processo para o jornal britânico "The Sun". A publicação o chamou de "espancador de esposas", lembrou a revista Vanity Fair.
A justiça considerou que a manchete era "substancialmente verdadeira" após o jornal apresentar 14 relatos de abusos da ex-mulher do ator, a atriz e modelo Amber Heard, 35.
Os advogados de Amber Heard defenderam que, durante o casamento, Johnny Depp virava um "monstro" pelo consumo de drogas e álcool, com "ataques de raiva" que terminaram em agressões verbais, físicas e sexuais.
O julgamento está em andamento nos EUA. A defesa da modelo relatou várias cenas de violência, principalmente em março de 2015 na Austrália, onde Depp filmava o quinto episódio de "Piratas do Caribe".
"Esse monstro aparecia quando bebia ou usava drogas", acrescentou a advogada Elaine Bredehoft, mencionando coquetéis de álcool, medicamentos, cocaína, ecstasy e cogumelos alucinógenos.
O que motivou o julgamento
Ambos se acusam de difamação desde que ela publicou no jornal The Washington Post um artigo em que se descreve como uma "figura pública que representa a violência doméstica". "Eu falei contra a violência sexual e enfrentei a ira de nossa cultura. Isso tem que mudar", diz o texto de 2018.
A atriz não cita em nenhum momento Depp. Mas o ator a processou por difamação por insinuar que ele era um agressor. Ele pede US$ 50 milhões (R$ 233 milhões) em danos.
Após a publicação da coluna, Depp, que nega a agressão, entrou com uma ação de difamação contra Amber. A atriz, por sua vez, entrou com um processo de difamação em que pede US$ 100 milhões (R$ 466 milhões) pela continuação dos "abusos" e "assédio" que Depp lhe impôs durante o casamento.
O ator entrou com a ação no estado da Virgínia, onde o Washington Post é impresso e onde o marco legal é mais favorável às denúncias de difamação do que na Califórnia, onde os dois atores residem. Os pedidos da atriz para que o processo fosse arquivado foram negados.
Os dois devem testemunhar com os atores James Franco, Paul Bettany e o magnata Elon Musk. O julgamento deve durar seis semanas.
Este caso se pauta principalmente na "Primeira Emenda" da Constituição, que confere a Amber Heard "o direito de dizer as palavras que disse", respondeu Rottenborn, e pediu ao júri que "confirme e proteja" esse direito.
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