Tadeu Schmidt ou Tiago Leifert? Colunistas opinam quem foi melhor no 'BBB'
A primeira temporada de Tadeu Schmidt no comando do "BBB" chegou ao fim. Agora, temos a pergunta que não quer calar: Quem foi melhor? Ele ou seu antecessor?
Deixamos as respostas com os colunistas de Splash:
Tiago Leifert foi incrível apresentando o "BBB" e é natural que ainda faça falta. Mas sinto que Tadeu Schmidt chegou resolvendo falhas graves de Leifert: a falta de sensibilidade em polêmicas que envolvam questões sociais importantes como o racismo, machismo, transfobia, por exemplo. Leifert deixava isso a desejar de um modo que, por vezes, atrapalhava o programa. Tadeu demonstrou ter sensibilidade pra essas questões e disposição pra aprender o melhor jeito de apresentar o BBB. Se tivesse que escolher um, eu ficaria com Tadeu.
Tadeu Schmidt fez uma estreia tecnicamente impecável —nesse quesito foi até superior aos seus antecessores. Mas ainda perde quando o tema é personalidade. Bial tinha aquela visão rebuscada, dando proporções épicas a uma bobagem como o BBB. Leifert trouxe o olhar pragmático do "game" e atuava em parceria com o telespectador. Ainda falta entender qual é a do Tadeu, que nesse começo atuou muito bem como uma peça na engrenagem, o manual de instruções, um dummy sênior, mas sem ainda um ponto de vista bem definido.
Tadeu tinha um desafio difícil pela frente porque Leifert, ao longo dos anos, moldou um estilo único: incisivo, divertido, pragmático. Mas o novo apresentador apresentou um aspecto mais humano e sensível em sua apresentação e seu discurso. Diferente, mas igualmente bom. Não há melhor ou pior, há abordagens distintas e muito acertadas. Dito isso, ano que vem Tadeu precisa ser um pouco mais duro com os confinados.
Tadeu Schmidt tentou contornar o clima "flop" do "BBB 22" durante todo o programa. Em seus discursos provocava, dava dicas e entregava broncas que pareciam feitas pelo público. Se Tiago Leifert estivesse nesse papel, muito provavelmente, se recusaria a aceitar que o programa estava bem morno e ainda brigaria com o público, mandando indiretas. Tiago tinha dificuldade em se colocar no lugar de telespectador, Tadeu entendeu rápido que precisava e muito dialogar com o público. Em uma única edição, Tadeu conseguiu se desconstruir de qualquer outro programa que já tenha comandado. Qualquer comparação ficou para trás. Ele se tornou o "Tadeu do BBB", e assim espero que permaneça por muito tempo.
Lucas Pasin
Acredito que não há melhor nessa seara. Tadeu Schmidt e Tiago Leifert desempenharam com competência a função de apresentador do 'Big Brother Brasil'. Cada um com suas particularidades, claro. Em cinco anos no comando do reality, Leifert tomou para si esse espaço, a tal ponto de não deixar nada a desejar para seu antecessor, Pedro Bial. Inventou linguagem própria, criou bordões que estão até hoje na boca do povo, como 'fogo no parquinho'. Teve jogo de cintura para lidar com as adversidades, polêmicas, e se permitiu emocionar em seus discursos. E era mais incisivo quando cobrava um posicionamento mais comprometido de participantes que tentavam, digamos, 'pipocar'.
Já Tadeu enfrentou uma prova de fogo logo na sua estreia como apresentador do BBB. O jornalista lidou com um elenco morno nesta edição 22, sem a gana de ir para o jogo, só a fim de curtir. Tanto que em alguns de seus discursos deixou claro que o BBB é uma competição. Mas Schmidt também trouxe uma sensibilidade em seus textos, principalmente nos da eliminação. Além da alegria contagiante na narração das provas. Portanto, a meu ver, seria injusto apontar um ou outro como sendo o melhor apresentador. No fim, a 'roupa' de comandante do reality parece ter sido feita sob medida para os dois
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