Áudio de Chico Pinheiro sobre Lula já causou mal-estar na Globo
Chico Pinheiro deixou a Globo em comum acordo após 32 anos dedicados ao jornalismo do canal. Figura querida entre os colegas e telespectadores, o jornalista já protagonizou um episódio que causou mal-estar na emissora.
Em 2018, um áudio atribuído ao jornalista em um grupo privado do WhatsApp, em que ele apareceu exaltando o presidente Lula após sua prisão, vazou nas redes sociais, resultando em uma advertência a Chico e um comunicado oficial aos demais profissionais do grupo.
Conforme a coluna de Ricardo Feltrin em dezembro daquele ano e com base nas informações que o "Notícias da TV" apurou, um e-mail de Ali Kamel, diretor-geral do jornalismo global, reforçou a posição de isenção que a Globo espera de seus jornalistas.
"Não se pode expressar essas preferências publicamente nas redes sociais, mesmo aquelas voltadas para grupos de supostos amigos. É impossível que os espectadores acreditem que tais preferências não contaminam o próprio trabalho jornalístico, que deve ser correto e isento", dizia o e-mail de Kamel.
O que dizia o Chico no áudio?
Logo depois da prisão de Lula por corrupção passiva, Chico fez uma defesa apaixonada do presidente, criticando a direita.
"Realizaram o fetiche. O fetiche deles era Lula na cadeia. Não foi feito do jeito que eles queriam, mas o Lula foi. E agora? O que vão fazer agora? Como é que fica? Qual é o próximo passo? Que o Lula tenha calma e sabedoria, inspiração divina para ficar quieto", disse o jornalista na gravação.
"A direita está louca. Os coxinhas estão perdidos", decretou Chico Pinheiro. Nos meses que se seguiram, o jornalista foi excluído do rodízio de apresentadores que comandavam o "Jornal Nacional" aos fins de semana e feriados.
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