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Sem Elon Musk, quem foi ouvido e quem falta no julgamento de Depp e Amber

Amber Heard e Depp durante julgamento - EPA
Amber Heard e Depp durante julgamento Imagem: EPA

De Splash, em São Paulo

23/05/2022 04h00

O julgamento de Amber Heard no processo de difamação movido por Johnny Depp, seu ex-marido, está próximo do fim no estado da Virginia (EUA). Nesta semana, os últimos depoimentos deverão ser ouvidos, além dos argumentos finais. Segundo o Daily Mail, Elon Musk e James Franco foram listados como testemunhas, mas não participarão.

Depp processou Amber por um editorial publicado no Washington Post em 2018, em que a atriz cita abusos e violência doméstica que já sofreu, entretanto, sem nomeá-lo, mas tais alegações teriam atrapalhado seus trabalhos. Ele pede US$ 50 milhões de dólares de indenização (cerca de R$ 250 milhões na cotação atual). Até agora, diversas testemunhas já foram ouvidas, em uma trama judicial que já revelou abusos de ambas as partes.

Na semana passada, os advogados do ator encerraram suas argumentações e a defesa da atriz começou a levar suas testemunhas, em uma lista previamente combinada, porém, sem garantia de participação de todos, já que há uma lei na Virgínia — estado que ocorre o julgamento nos EUA — que impede a obrigatoriedade de comparecimento no tribunal para os não residentes no estado.

O grupo de testemunhas se concentrou para mostrar ao júri o caráter de Depp em relação à sua dependência com o uso de álcool e drogas, o que foi caracterizado como "comportamento errático".

As testemunhas

Nem todos nomes da lista de testemunhas são necessariamente celebridades, alguns são profissionais anônimos que podem corroborar com declarações das partes e outros pessoas próximas de Amber e/ou que já foram próximas do ator.

Foram ouvidos na última semana: Bruce Witkin, que foi amigo de Johnny Depo de 1982 até 2018, porém a amizade acabou sem explicação, Tracey Jacobs, ex-agente de Depp, testemunhando dificuldades de trabalho dele, nos últimos 10 anos; Raquel "Rocky" Pennington, ex-melhor amiga de Heard; Joshua Drew, ex-marido de Raquel; Elizabeth Marz, amiga de Heard; Joel Mandel, ex-gerente de negócios que cuidava das finanças e gastos do ator.

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Processo de difamação entre Johnny Depp e Amber Heard capturou atenções nos EUA
Imagem: GettyImages

Ele testemunhou que viu o comportamento do ator se tornar errático com reações "desproporcionais" a algumas situações, mudando principalmente por volta de 2010, quando ficou claro para Mandel que o "uso de álcool e drogas de Depp se tornou um evento diário", afirmou, segundo a NBC News.

Outra testemunha que falou foi Adam Waldman, advogado que já trabalhou direto com Depp e integra sua equipe jurídica. Contudo, ele se recusou a responder 75 perguntas, valendo-se do príncipe advogado-cliente. Ele depôs por videoconferência.

Waldman já declarou ao Daily Mail que as alegações de abuso de Amber eram "uma farsa", mas não respondeu sobre isso, apesar de admitir ter falado com a imprensa e dado informações sobre o ex-casal, ao que ele chamou de "jornalistas de internet", de acordo com o The Independent.

Outros nomes também foram ouvidos: Michelle Mulroney, ex-advogada de Amber; Tina Newman, executiva de produção da Disney —- que negou que Depp não estava sendo considerado para filmes como "Piratas do Caribe 6", devido ao editorial de Amber em 2018; Jessica Kavacevic, agente de talentos da atriz; Whitney Henriquez, irmã de Amber que disse ter sido agredida pelo ex-cunhado; e a maquiadora Melanie Inglessis que testemunhou a atriz escondendo ferimentos antes de ir a um programa de TV.

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Johnny Depp recebeu permissão para prosseguir com um processo por difamação de US $ 50 milhões contra ex-mulher, Amber Heard
Imagem: Reprodução/Instagram

A atriz Ellen Barkin também testemunhou. Ela se tornou amiga de Depp na década de 1990 e se envolveu sexualmente com ele ao mudar para Los Angeles, em 1994. No depoimento, ela afirmou que Depp era um "homem ciumento e controlador", e que vivenciou ele fora de controle jogando uma garrafa de vinho em um quarto de hotel na direção dela e de outras pessoas, durante gravações de "Medo e Delírio", em 1998.

Outro nome que testemunhou foi a treinadora de atuação Kirsty Sexton. Ela afirmou que Depp estava "muito preocupado" com Amber trabalhando com James Franco, que estrelou "Traumas de Infância" (2015) com ela, fora alguns trabalhos anteriores. Ele mesmo já disse ao tribunal que suspeitava que os dois tivessem um caso. Amber disse que recebeu Franco em sua casa um dia antes de pedir divórcio.

Os advogados de defesa de Amber Heard incluíram o nome do ator e amigo da atriz, James Franco, para testemunhar por videoconferência, assim como o nome do bilionário Elon Musk, que namorou Amber após separação dela e Depp.

Porém, fontes informaram ao jornal britânico The Independent que nem o CEO da Tesla, nem o ator amigo da atriz vão assumir o posto de testemunhas. Seus nomes já estavam na lista de potenciais testemunhas antes do julgamento. Novos depoimentos serão colhidos a partir desta segunda-feira.

Apoio externo

Enquanto testemunhas estão no tribunal confirmando a narrativa de defesa da sua ex-mulher processada, Depp recebe apoio de famosos fora do júri como a modelo Ireland Baldwin, e as atrizes Penélope Cruz e Winona Ryder, sua ex-namorada.

A atriz francesa Eva Green, que atuou com o ator em "Sombras da Noite" (2012), compartilhou na última semana, uma foto dos dois em um tapete vermelho.

"Não tenho dúvidas de que Johnny emergirá com seu bom nome e coração maravilhoso revelado para o mundo, e a vida será melhor do que nunca para ele e sua família", torceu ela, na legenda da rede social.