Luiza Brunet completa 60 anos e relembra assédio no auge como modelo
Luiza Brunet completa hoje 60 anos, e diz estar em sua melhor fase. Em entrevista ao jornal O Globo, ela relembra dificuldades que já passou, como o assédio sexual no auge da carreira de modelo, a agressão do ex-companheiro e o tumor que a fez precisar tirar o útero.
"No meu auge como modelo, você não tem noção da quantidade de assédio. Eu aparecia pelada na Playboy, viajava à beça, era madrinha da Seleção Brasileira, um ambiente só com homens? Dá para imaginar", relembra. E continua: "Recebia investidas de jogador de futebol, empresários, mas eu não me corrompi. Não estava procurando dinheiro".
Em 2016, ela foi agredida pelo ex-companheiro, o empresário Lírio Parisotto. Desde então, Luiza diz que tem trabalhado com a prevenção da violência doméstica no Brasil e no exterior. Questionada sobre se já havia outros sinais de violência na relação antes da agressão, ela diz que sim:
"Vários. A agressão é o ápice. Tiveram violências emocionais, psicológicas e patrimonial. Lírio chegou a falar que se a gente terminasse ninguém ficaria comigo porque ele era fulano de tal e estava me largando. Cheguei a me perguntar se isso era verdade. Fiquei com a autoestima baixa, muito doente. Era uma relação muito desgastante, uma loucura."
A doença em questão era um tumor benigno, mas agressivo, que fez Luiza Brunet precisar realizar uma histerectomia total em 2014 — no procedimento, útero e colo do útero são retirados. Para a ex-modelo, "isso acontece porque quando guardamos rancor e outros sentimentos ruins, seu corpo indica de uma certa forma".
Ela diz que nunca mais conversou com o ex: "Nunca houve um pedido de desculpas! Isso não existe. Atualmente, essa história não me machuca, de verdade. Nosso começo foi maravilhoso. E o final, depois de seis anos, me transformou na mulher que sou hoje. Hoje, completo 60 anos e estou no meu melhor momento. Falo o que eu quero e não tenho medo de ninguém. Estou livre".
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.
A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.