Jornalista da Globo oferece ajuda à jovem que teve rosto tatuado por ex
A jornalista da TV Globo Sônia Bridi se ofereceu para pagar a remoção da tatuagem e também um advogado para a jovem de 18 anos que teve o rosto tatuado à força pelo ex-namorado, Gabriel Henrique Alves Coelho.
Ontem, em entrevista ao "Cidade Alerta", da RecordTV, a garota disse: "É a única coisa que eu quero, tirar isso de mim. E nunca mais ouvir falar o nome dele."
Já Bridi se manifestou no Twitter, ao comentar uma publicação sobre a história feita pelo Metrópoles. O youtuber e criador de conteúdo Peter Jordan pediu o contato da menina, e outro usuário da rede respondeu que alguns jornalistas poderiam ajudar, marcando Bridi.
"Não tenho o contato. Mas ajudo a pagar a remoção. E advogado para ajudar na acusação, se for preciso", respondeu a jornalista.
Entenda o caso
Um homem de 20 anos foi detido suspeito de agredir e tatuar o próprio nome no rosto da ex, em Taubaté, interior de São Paulo. A mãe da jovem registrou boletim de ocorrência após ela não voltar da escola, na última sexta-feira (20) e reaparecer em casa, já com o rosto tatuado com o nome "Gabriel Coelho".
Na segunda-feira (23), a garota, de 18 anos, falou sobre os momentos vividos na casa do ex, em entrevista ao UOL.
Eu só pensava em como disfarçar aquela tatuagem com maquiagem. Foi quando minha mãe me encontrou e viu o que ele tinha feito.
Segundo a vítima, ao sair para ir ao curso e chegar ao ponto de ônibus por volta das 12h20, viu o rapaz e o pai dele em um carro do outro lado da rua. "Tentei voltar, mas ele gritou. Fiquei paralisada. Então, ele me mandou entrar no carro. Não consegui reagir", lamenta. "Então o pai nos deixou na casa dele e foi trabalhar. Foi quando começaram as agressões."
A filha e o infrator começaram a se relacionar em 2019. Em 2020, a mãe relata que ele mudou o comportamento e foi quando houve a primeira agressão. O casal ficou oito meses separado e voltou a se encontrar quando ele prometeu que não haveria mais agressões. Mas ele ameaçava a jovem e a deixava incomunicável dentro da casa dele.
A família chegou a mandar a jovem para a capital paulista, mas uma oportunidade de emprego em um mercado a fez voltar a Taubaté, onde o ex teria voltado a ameaçá-la.
Coelho ainda deve responder por descumprir duas medidas protetivas que o impediam de se aproximar da jovem, uma de 2021 e outra de 2022. A prisão foi registrada no plantão da Delegacia Seccional da cidade. Após audiência de custódia realizada no domingo (22), o agressor teve a prisão em flagrante convertida para preventiva — prevista em casos de violência doméstica pela Lei Maria da Penha.
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