'Ainda bem que não estraguei a novela', vibra autor do remake de 'Pantanal'
Bruno Luperi, de 34 anos, é o responsável pela nova roupagem no roteiro de "Pantanal" após 32 anos do sucesso exibido pela TV Manchete. O neto do escritor da trama, Benedito Ruy Barbosa, vive sua primeira novela solo e se diz feliz com a grande repercussão da trama na TV Globo.
"Fui publicitário por muito tempo. Era um cantinho seguro, um refúgio onde me escondi do peso, da importância do meu avô. Aos 25 anos, comecei a ver que não tinha jeito, meu sangue falava mais alto. É uma transição difícil, com alguns medos. Para quem tem alguém com a relevância dele, é muito difícil sentar nessa cadeira. Quando 'Pantanal' estreou e foi bem, falei: 'Ainda bem que não estraguei a novela'. Foi um alívio", declarou ele, em entrevista ao jornal O Globo.
É muito bom poder fazer 'Pantanal' com meu avô vivo e lúcido (Benedito tem 91 anos). Ele fala que é a primeira novela a que ele assiste, de fato, como público, e está gostando. Mas essa falta de controle é uma sensação nova para ele. Pelas nossas conversas, acho que ele viveu muitas angústias.
Bruno Luperi
Ele estreou em novelas como um dos autores de "Velho Chico", em 2016, ao lado da mãe, Edmara Barbosa. Já em "Pantanal", o autor desfruta do posto de líder do projeto e revelou que não tem o hábito de consultar seu avô para decidir os rumos que planeja ao remake.
Não tem como ficar pedindo bênção para cada palavra. Ele confiou em mim, mas sempre foi um cara que escreveu sozinho. Isso foi muito delicado. Ele falava 'a novela é tua', e eu dizia 'é sua', numa discussão sobre trazer tal ator. Sobre (a escolha da atriz para interpretar) Juma, falei: 'A Juma que você está querendo é mais velha, muito conhecida. A personagem é uma onça, vive no meio do Pantanal, duas esquinas depois do fim do mundo. Não pode ser um rosto muito grande. Ela é uma menina na flor da idade'. Eram convicções que ele tinha com algumas pessoas, eu com outras.
Bruno Luperi
Questionado sobre a chance de personagens terem um destino diferente do da primeira versão de "Pantanal", Bruno Luperi foi enfático para garantir que há histórias na trama que não tem como fazer alterações para não fugir do texto original.
"Falam muito dos personagens que deixam a trama, mas a novela foi contada dessa maneira. Algumas questões pensadas lá atrás podem mudar, outras não. Doa a quem doer, temos que respeitar. (No caso da morte de Madeleine), o pessoal me xingou, me culpou, mas a novela foi concebida assim. (Se vai acontecer de novo a castração de Alcides ) ninguém vai ver a novela se eu responder tudo (risos). Mas alguns eventos têm que acontecer, talvez não da forma como foram concebidos", justificou.
Além do retorno em audiência, o autor do remake confidenciou que a emissora paulista tem colhido frutos de parcerias antigas. "A gente está vendo anunciante que tinha parado de anunciar em novela voltar", finalizou.
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