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Após vencer Amber Heard, Depp tem novo julgamento por agressão pela frente

Johnny Depp durante o júri em que acusa sua ex-mulher, Amber Heard, de difamação - Steve Helber/Pool via REUTERS
Johnny Depp durante o júri em que acusa sua ex-mulher, Amber Heard, de difamação Imagem: Steve Helber/Pool via REUTERS

Colaboração para Splash, de São Paulo

01/06/2022 17h37

Johnny Depp venceu Amber Heard no julgamento que moveu contra a ex-mulher por difamação, baseado, principalmente, em um artigo do Washington Post publicado por ela em 2018, no qual o ator era acusado de agressões e abuso sexual.

Após quase dois meses, o tribunal do condado de Fairfax, na Virgínia (EUA), decretou de maneira unânime que o astro de 'Piratas do Caribe' foi difamado por Heard. A atriz, então, terá que pagar uma indenização de US$ 10 milhões (cerca de R$ 47,9 milhões) em danos compensatórios e US$ 5 milhões (R$ 23,9 milhões) em danos punitivos. Porém, o valor foi reduzido pelo juiz responsável pelo caso.

Em meio ao processo, Amber também ganhou um processo de difamação e receberá US$ 2 milhões (R$ 9,6 milhões). A acusação foi baseada em uma declaração do advogado de Johnny, que a acusou de fazer um relato falso a policiais.

Ainda não acabou

Esse não é o fim da saga judicial de Johnny Depp. No dia 25 de julho, o ator volta aos tribunais para encarar mais uma acusação de agressão, dessa vez movida por um membro da equipe do filme "Cidade de Mentiras" (2018).

Gregg "Rocky" Brooks abriu o processo em junho de 2018. Na época, a BBC teve acesso aos documentos em que ele detalha a suposta agressão.

Segundo a agência de notícias britânica, ele diz ter sido agredido pelo ator em abril de 2017, após tentar encerrar uma gravação que já havia passado do horário predeterminado.

Brooks afirma que fez um alerta sobre o horário para o diretor do filme, que respondeu: "Por que você não diz isso para Johnny Depp?"

Ele então tentou abordar um policial de plantão no set de gravações, e Depp gritou: "Você não tem o direito de me dizer o que fazer!"

Depois, o ator deu dois socos na costela dele e ofereceu US$ 100 mil (cerca de R$ 481 mil) para que ele o socasse de volta. Nos documentos do processo, Brooks também diz que Johnny Depp costumava usar drogas no set e estava bêbado durante a gravação.

Segundo o site The Blast, Johnny Depp já prestou um depoimento sobre o caso em 2019 e alegou que interveio após ver que Brooks estava ofendendo uma mulher idosa em situação de rua no set de filmagens.

Além de Johnny Depp, Brooks também processou o diretor Brad Furman, a produtora Miriam Furman e a empresa Good Film Productions por demissão injusta — ele afirma que foi demitido após se recusar a assinar uma declaração dizendo que não processaria a empresa.

Indenização reduzida

Segundo o site TMZ, a indenização de US$ 5 milhões por "danos punitivos", em que Amber foi condenada, caiu para US$ 350 mil (R$ 1,6 milhão) por conta a lei de Virgínia, local em que a decisão foi anunciada.

Conforme a lei do estado, há um limite de danos punitivos nesta categoria de caso. Portanto, ao final do processo, Amber Head pagará a Johnny Depp US$ 8,35 milhões (R$ 40,2 milhões), já considerando o desconto dos US$ 2 milhões que receberia do ator.