Após criar OnlyFans, ex-BBB Luciano descarta pornô gay: 'Quero novelas'
Primeiro eliminado do "Big Brother Brasil 21", Luciano Estevan comemora a demanda pela produção de seus conteúdos na internet. Desde que saiu do reality, o ator passou a investir em vídeos engraçados nas redes sociais e fotos sensuais em plataformas adultas.
Em bate-papo com Splash, o ex-BBB disse que gosta de receber elogios dos seguidores e celebrou a assinatura dos usuários. No OnlyFans, ele cobra US$ 19 (cerca de R$ 91 na cotação atual), enquanto na plataforma brasileira Privacy, o valor é de R$ 49 mensais.
"Sou de boa com meu corpo, gosto de me exibir e de ser elogiado. Se eu faço de graça, não é melhor ganhar dinheiro com isso? É interessante porque há muito tabu em relação ao corpo nu. É só um corpo. E as pessoas têm curiosidade de saber: 'como é o Luciano peladão?' Agora, eu falo: 'está lá (no OnlyFans)'", conta.
No início, ao criar o perfil em março, ele disse que estava produzindo conteúdos mais comportados para "sentir o termômetro".
"Não estava soltando o nu mesmo, era mais sensual. Depois que acabou o 'BBB', me senti mais tranquilo e livre, e pensei: 'quer saber, vou mandar um nudezão'. Agora, eu posto bem nu e o feedback é bom. Os números variam a cada mês, mas está dando para pagar as contas. Estou feliz", afirma.
Os seguidores, inclusive, enviam pedidos ousados ao ex-BBB. "Pedem bastante foto do pé e do bumbum no OnlyFans, além de fotos caseiras. Eles gostam bastante de fotos do dia a dia, só que peladão", revela.
Aliás, além dos seguidores, também recebeu um convite ousado do ator pornô gay Diego Sans para fazer um filme. Ele falou que não conhecia o ator, mas levou a proposta na brincadeira. Questionado se toparia participar, disse que não, pois está focado em outros objetivos.
O pornô é um conteúdo mais acima. Não estou preparado psicologicamente para isso. E não é isso que busco para minha carreira. Quero atuar em novelas, filmes, séries e documentários, além de apresentar um programa.
"Eu sou ator"
Luciano foi criticado ao dizer que "queria ser famoso no nível de Beyoncé" logo nos primeiros momentos do reality global. Agora, explica que a busca pela fama era para impulsionar sua carreira como ator.
"O que me deixa em evidência é ser artista. Sempre fui, o BBB só me mostrou para o mundo... Eu tenho uma carreira, sou ator há mais de 20 anos, fiz balé clássico por 15, fiz musicais em Floripa. A galera do BBB achava que eu queria ser famoso por ser famoso, mas não. Eu precisei dizer: 'gente, preto também é artista'", relembra.
Na visão de Luciano, as críticas por ele querer ser famoso e ter autoestima elevada são consequências do racismo estrutural da sociedade.
"Essas críticas têm a ver por eu ser preto. Outros participantes falaram sobre ser famoso, mas com outras palavras. Teve gente que falou: 'eu sou top, eu sou hétero'. E foi bem visto, foi engraçado. Por eu ser preto, as pessoas riram: 'olha lá, o negão quer ser famoso'. Se eu fosse branco, talvez falassem que era algo genuíno. Inconscientemente, a galera que fala nem se toca do racismo, mas esnoba e ri", pontua.
Mas nem sempre ele teve autoestima elevada. Passou a ser olhar no espelho com bons olhos quando assumiu o black power aos 25.
"Comecei a me gostar mais e mostrar aos outros que me amo. Tive o black power por três anos, agora, alisei o cabelo. Aprendi a me amar independente da forma em que eu esteja. Dou um jeito de me gostar", disse o ex-BBB, que virou notícia por alisar os fios e, depois, deixá-los cacheados.
(Falta de) oportunidades
Na conversa com Splash, Luciano repercute a escalação da ex-BBB Jade Picon para a novela "Travessia", de Gloria Perez. No mês passado, a notícia gerou repercussão pelo fato da influenciadora não ter histórico na atuação.
"Tem palco para todo mundo. Espero que tenha uma oportunidade para mim, Douglas e Lina, os atores que participaram do 'BBB 22'. Mas acho desleal convidar a menina porque o Instagram dela está bombando e não convidar o Douglas. Não podem deixar um talento como o Douglas passar batido", opina.
"Pode ser que a Jade se torne uma excelente atriz. Se ela estudou, pode desempenhar um bom papel. E torço por isso", prossegue.
Ele ainda lamenta a falta de oportunidades para atores negros como protagonistas. Ele diz que já perdeu personagem por ser um homem negro.
"Há um racismo estrutural. Por que existem mais personagens brancos que pretos? A sociedade tem que olhar o artista preto como o comum. Mas, por enquanto, é o diferente. Eu sou um artista de Floripa e já escutei muito: 'pô, Luciano, não vou te botar de príncipe, não vou te dar um personagem X porque não vende'", lembra.
"Eu já propus uma vez: 'seja ousado, me coloque como príncipe, vai viralizar, as pessoas vão ver que é possível'... A gente fez uma peça do Tarzan com elenco todo preto, eu protagonizei o Tarzan com black power. A galera viu e falou: 'não vi diferença entre branco e preto, foi comum'", finaliza.
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