Marcelo em 'Pantanal', Lucas Leto diz receber nudes: 'De homens e mulheres'
Marcelo mal surgiu em "Pantanal" (TV Globo) e seu intérprete, o ator Lucas Leto, já dobrou o número de seguidores nas redes sociais. Além de comentários e elogios dos espectadores da trama, ele contou que anda recebendo até nudes.
"Elas vêm de homens e de mulheres. Outro dia, recebi de uma mulher casada: 'Quero te conhecer melhor'. Também comentam: 'Mais um peão gostoso entrando na novela!'. É corajoso isso! Ainda estou aprendendo a lidar com essa repercussão. Às vezes, retuíto alguns comentários. Estou me divertindo. Como diz o Gil do Vigor, eu gosto é de ver a cachorrada", disse em entrevista a Patrícia Kogut, do O Globo.
O artista encara o papel no horário nobre como uma grande responsabilidade e diz que estudou sobre zootecnia e aprendeu a andar à cavalo para viver o personagem. "É uma honra fazer esse personagem que, no passado, foi do Tarcísio Filho. Estou tentando contato com ele para falar sobre essa alegria. E tem sido surpreendente o carinho do público", conta.
Achei que ia ser descascado nas redes sociais [por fazer esse personagem que se envolve com a suposta irmã]. E o que está acontecendo é o contrário. Ouço as pessoas dizerem que Guta (Julia Dalavia) e Marcelo têm química. E essa era mesmo a mensagem que eu e Julia queríamos passar: a de que os personagens são vítimas do pai. Quando eles se conheceram e se apaixonaram, não tinham ideia de que poderiam ter um laço sanguíneo. Marcelo Leto para O Globo
O núcleo da segunda família de Tenório (Murilo Benício) é um dos que mais sofreu alterações no remake. Na primeira versão, a segunda mulher e os três filhos eram interpretados por pessoas brancas, agora, são vividos por pessoas negras. Os personagens trarão uma discussão sobre o racismo.
"É de uma importância enorme ver questões raciais abordadas neste trabalho tão grande. Isso vai chegar ao público de forma sutil, inteligente. Vamos fazer o telespectador se questionar. Temos ali em cena uma família que é a cara do Brasil", comenta Lucas.
Além da representação, gosto de pensar na representatividade. As pessoas precisam se ver na TV. Mais de 50% da população brasileira são de pessoas negras. E hoje o público tem o poder de escolher o que vai assistir. Aos poucos, nosso audiovisual vai atingir outros padrões. Quero muito ver mais protagonistas pretos, diretores pretos, como já está acontecendo em outros países.
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