Com 62 anos de carreira, Marilu Bueno gravou novela até durante pandemia
O Brasil se despede de Marilu Bueno. A atriz, que estava internada desde o final de maio, morreu hoje aos 82 anos, conforme informações da SMS (Secretaria Municipal de Saúde) do Rio de Janeiro.
Ao longo de mais de 60 anos de carreira, Marilu colecionou personagens na televisão, no cinema e no teatro e seguiu trabalhando até mesmo diante das maiores dificuldades.
Destemida
Em sua última novela, "Salve-se Quem Puder", Marilu não se intimidou pelas recomendações da Globo.
As gravações foram interrompidas por meses com o início da pandemia em 2020 e o elenco da terceira idade foi orientado a permanecer em casa pelos riscos mesmo na retomada das filmagens.
Marilu, porém, seguiu gravando suas cenas, dando vida a Dulce, que ganhou ainda mais importância na trama na segunda fase da novela, exibida em 2021.
Rindo à toa
Marilu ficou conhecida por seus papéis cômicos em novelas como "A Gata Comeu" (1985) e "Êta Mundo Bom" (2016), além de humorísticos como o "Chico Anysio Show" (1982) e "A Escolinha do Professor Raimundo" (1990).
A atriz esteve presente nas duas versões da icônica cena da guerra de comida de "Guerra dos Sexos", sendo a única artista da novela original a reaparecer no remake.
Seu nome também ficará eternamente marcado na mente de muitos baixinhos, após participar de "Lua de Cristal" com Xuxa na década de 1980, "Caça Talentos" com Angélica nos anos 1990 e "O Sítio do Picapau Amarelo" na década de 2000.
Independente
Ao longo da vida, Marilu decidiu não se casar e nem ter filhos, porém, dedicava todo seu amor aos bichinhos, como sua cadela Paçoca.
"A Paçoca entrou no quinto ano agora, mas vai viver 49. O outro cachorro que eu tinha antes, o Nada Consta, apareceu até no "Video Show". É que eu peguei ele na rua pequenininho. Ele também foi abandonado. E brinquei com ele: "olhei para ele e disse: você é vira-lata, mas fui à delegacia e descobri que sua ficha é limpa, que nada consta", contou Marilu, em papo com o UOL em 2012.
"Já a Paçoca também vi na rua, às seis horas da tarde. Pensei que era uma ratazana. Ela não tinha nem desmamado. E eu tinha jurado que não teria mais cachorro. Nada Consta tinha partido há dois anos e eu disse: "Eu quero fechar a porta. Depois eu já estou velha, eu não quero morrer e deixar um animal. Meu espírito vai ficar vagando pela Siqueira Campos. Vai vir gente do Brasil todo para ver meu espírito", brincou a atriz, à época.
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