Miss Bumbum ES explica por que quer reduzir quadril: 'Chama muita atenção'
Candidata ao Miss Bumbum Brasil, a modelo Maya Dhurval, de 33 anos, virou assunto quando revelou que gostaria de reduzir justamente a parte do corpo que dá visibilidade à competição: o bumbum.
Em bate-papo com Splash, ela conta que anteriormente não lidava bem com o próprio corpo. Hoje, a relação é diferente e ela aceita suas curvas, porém, segue não aprovando o tamanho do quadril porque "chama muita atenção".
Nunca gostei (do bumbum grande) porque chama muita atenção. É homem, é mulher.
Maya Dhurval, aos risos, sobre tamanho do bumbum,
"Sempre fui complexada com meu corpo, gosto de usar roupa larga, sou 'mulecona'", diz. A modelo diz ainda que se incomodava mais com o formato do seu corpo antes de colocar próteses de silicone. "Isso fazia com que eu me bloqueasse mais ainda... Hoje em dia, eu gosto do meu corpo, mas o tamanho do meu quadril ainda me incomoda", conta.
Após superar as questões da baixa autoestima, Maya passou a se expor mais nas redes sociais para mostrar seu "amor próprio" e decidiu concorrer ao Miss Bumbum Brasil. Apesar de encarar como algo positivo, ela conta que já recebeu críticas.
"Eu recebi crítica de algumas colegas: 'Ah, é muita exposição'. Eu já tive problema de depressão, insegurança com meu corpo, mas, hoje em dia, eu não ligo para críticas. Não faz sentido uma pessoa estar ali criticando a outra por se expor. A rede social é para isso. Qual a diferença de mostrar o bumbum no biquíni em uma praia ou na internet?", questiona.
Ansiosa para retornar ao Brasil e encontrar amigos e familiares durante a final do Miss Bumbum em agosto, ela conta que quer usar a visibilidade da competição para mostrar seu trabalho como dançarina, mas também contar a sua história, que envolve a superação de um relacionamento abusivo, dois abortos involuntários e perrengues no exterior.
"Quero seguir minha vida na dança. Quando tive minha deprê, eu comecei a dançar e a música foi uma terapia para mim... Não é só ganhar o Miss Bumbum, o mais importante é passar a minha história porque muitas mulheres no Brasil já passaram pelo mesmo que eu", diz.
Relacionamento abusivo
A Miss Bumbum ES conta que a insegurança era fruto também de um relacionamento abusivo. Ela se "casou" aos 14 anos, idade em que foi morar com o primeiro ex-marido. Aos 18, Maya se mudou para a Europa com ele e viveu em cidades de Portugal e Espanha. Ela somente se separou dele aos 25 após uma ex-patroa identificar que ela estava "sempre mal e com o braço roxo", e ameaçar denunciá-lo.
"Todo mundo sempre falou que eu era bonita, já fui chamada para concurso de beleza. Mas como vivi um relacionamento abusivo, eu pensava que quem me elogiava estava passando a mão na minha cabeça. Eu não me via bonita. Meu ex-marido me traía com mulheres nada a ver. Ele sempre colocava a culpa em mim. E eu acreditava porque fui criada no pensamento religioso de que 'a gente tem que curar nosso marido'. Por isso, me submetia e achava que a culpa era minha por ser mulher", afirma.
Ele engravidou minha melhor amiga na minha casa.
Após se separar, ela chegou a voltar ao Brasil por ter medo de viver na mesma cidade que o ex-marido, mas não se adaptou e decidiu retornar à Europa. Desta vez, à Inglaterra. Lá, ela se casou pela segunda vez com um homem que havia conhecido na breve passagem que teve pelo Brasil.
"Aos 26, conheci meu segundo ex-marido. Fiquei com ele até os 30. Depois de conhecê-lo, eu me mudei para a Inglaterra e ele veio atrás de mim. Ele tinha cidadania italiana e a gente se casou após três meses de relação. A gente se casou porque ele me tratava bem, mas depois a maternidade começou a gritar e ele não estava na mesma sintonia", diz ela, ao explicar que o segundo término foi amigável.
Perrengues
Maya conversou com Splash enquanto estava esperando um voo para a Tailândia, onde viaja sozinha pela primeira vez. Ela atualmente vive na Inglaterra e tem uma vida estabilizada.
"Aqui, trabalho com muitas coisas. Tenho uma loja on-line, trabalho como promoter em algumas festas, também sou modelo e dançarina. O que aparece, a gente abraça, né? Morar fora do nosso país, a gente não pode escolher muito", explica.
Mas ela conta que já passou por alguns perrengues, principalmente antes de ter documentação legal para viver no continente.
"Já passei por muito perrengue de trabalhar para os outros e eles não me pagarem porque eu estava ilegal no país... O crime não era meu, mas, sim, de quem me contratava e não me pagava. Já chorei muito, mas não contava para ninguém. Tinha vergonha de dividir e alguém falar: 'te avisei, quis ir morar fora'", desabafa.
Ela, inclusive, diz que levou calote de cerca de 1800 euros ao trabalhar em uma casa. "Uma patroa fez eu trabalhar durante um mês como interna — vivia a semana toda lá e ia para minha casa no final de semana —, mas, no final do mês, simplesmente não abriu o portão para me pagar. E era 'gente com dinheiro'", recorda.
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