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Diabão diz que não fez modificação para parecer com o diabo: 'Me assumi'

Diabão Praddo após retirada das orelhas - Reprodução/Instagram
Diabão Praddo após retirada das orelhas Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para Splash, em Maceió

24/06/2022 09h03

Michel Faro Praddo, mais conhecido nas redes sociais como Diabão Praddo, explicou que as alterações realizadas em seu corpo não foram feitas para que possa se parecer com Lúcifer, e explicou que adotou para si a alcunha de Diabão como uma forma de protesto aos olhares de preconceito por sua aparência.

Durante participação no podcast "Inteligência Ltda", Praddo reforçou sua crença em Deus, e explicou que as pessoas que o associaram ao diabo devido aos chifres que usou na cabeça por um período. Segundo explicou, sua atração sempre foi pelo "sinistro" que as transformações provocam, mas não um culto a satanás.

"Eu não quis parecer com o diabo, nunca tive um formato, quis o sinistro, quando coloquei pela primeira vez o chifrinho que eu tinha, as pessoas já estavam me associando ali naquele momento... 'pô, parece o diabo, parece satanás'", contou.

Ao explicar o porquê de ter se autointitulado Diabão, ele relatou episódio em que ajudou um senhor que se acidentou na rua e, ao levá-lo para o hospital, uma mulher o destratou devido à aparência física. Ao desabafar sobre o ocorrido e repensar aquele acontecimento, ele se assumiu como Diabão Praddo.

"Teve uma situação que eu estava passando e vi num ponto de ônibus um senhor que tinha tido um acidente doméstico, parei e falei: 'precisa de ajuda?', e aí ajudei ele, levei até o pronto-socorro, e quando chegamos [no hospital], um senhora [veio] colando a mão na minha cara [e falou]: 'tá repreendido em nome de Jesus'. Eu xinguei ela no momento, saí com aquilo na cabeça, mandei se fuder, a porra toda e tal, e vim embora", continuou.

"E [aí quando foi embora] vi no ponto de ônibus a mesma família que estava ali no momento, com vestes religiosas, cheguei no meu estúdio, fiz uma postagem, coloquei o que aconteceu, e um desabafo. Falei: 'engraçado que quem ajudou o senhor foi o diabão aqui'. Então naquele momento eu me assumi como eu sei quem eu sou, pode rotular o que for, eu sei quem eu sou, foi nesse sentido, não numa pegada de adoração ao diabo, ou eu quis fazer uma modificação para parecer com o diabo porque até dentro do que eu acredito, e do que a bíblia fala, que o diabo, lúcifer, era um anjo de luz, um arcanjo bonito. Então ali não tinha nenhuma adoração a isso, foi mais um ato de protesto, e me assumi nesse sentido", completou, ressaltando que a partir daquele momento percebeu que não era mais a mesma pessoa, que "houve uma ruptura".

"Me assumi ali, porque [já] sabia do meu externo, mas também tenho noção do meu interno, minha maior e mais antiga modificação foi interna", concluiu.