Diabão diz que não fez modificação para parecer com o diabo: 'Me assumi'
Michel Faro Praddo, mais conhecido nas redes sociais como Diabão Praddo, explicou que as alterações realizadas em seu corpo não foram feitas para que possa se parecer com Lúcifer, e explicou que adotou para si a alcunha de Diabão como uma forma de protesto aos olhares de preconceito por sua aparência.
Durante participação no podcast "Inteligência Ltda", Praddo reforçou sua crença em Deus, e explicou que as pessoas que o associaram ao diabo devido aos chifres que usou na cabeça por um período. Segundo explicou, sua atração sempre foi pelo "sinistro" que as transformações provocam, mas não um culto a satanás.
"Eu não quis parecer com o diabo, nunca tive um formato, quis o sinistro, quando coloquei pela primeira vez o chifrinho que eu tinha, as pessoas já estavam me associando ali naquele momento... 'pô, parece o diabo, parece satanás'", contou.
Ao explicar o porquê de ter se autointitulado Diabão, ele relatou episódio em que ajudou um senhor que se acidentou na rua e, ao levá-lo para o hospital, uma mulher o destratou devido à aparência física. Ao desabafar sobre o ocorrido e repensar aquele acontecimento, ele se assumiu como Diabão Praddo.
"Teve uma situação que eu estava passando e vi num ponto de ônibus um senhor que tinha tido um acidente doméstico, parei e falei: 'precisa de ajuda?', e aí ajudei ele, levei até o pronto-socorro, e quando chegamos [no hospital], um senhora [veio] colando a mão na minha cara [e falou]: 'tá repreendido em nome de Jesus'. Eu xinguei ela no momento, saí com aquilo na cabeça, mandei se fuder, a porra toda e tal, e vim embora", continuou.
"E [aí quando foi embora] vi no ponto de ônibus a mesma família que estava ali no momento, com vestes religiosas, cheguei no meu estúdio, fiz uma postagem, coloquei o que aconteceu, e um desabafo. Falei: 'engraçado que quem ajudou o senhor foi o diabão aqui'. Então naquele momento eu me assumi como eu sei quem eu sou, pode rotular o que for, eu sei quem eu sou, foi nesse sentido, não numa pegada de adoração ao diabo, ou eu quis fazer uma modificação para parecer com o diabo porque até dentro do que eu acredito, e do que a bíblia fala, que o diabo, lúcifer, era um anjo de luz, um arcanjo bonito. Então ali não tinha nenhuma adoração a isso, foi mais um ato de protesto, e me assumi nesse sentido", completou, ressaltando que a partir daquele momento percebeu que não era mais a mesma pessoa, que "houve uma ruptura".
"Me assumi ali, porque [já] sabia do meu externo, mas também tenho noção do meu interno, minha maior e mais antiga modificação foi interna", concluiu.
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