Topo

Renata Capucci é diagnosticada com Parkinson: Viver com esse segredo é ruim

A jornalista Renata Capucci - AgNews
A jornalista Renata Capucci Imagem: AgNews

Colaboração para Splash, em Maceió

27/06/2022 00h03

A repórter do "Fantástico" (TV Globo) Renata Capucci, de 49 anos, revelou que foi diagnosticada com a doença de Parkinson há quatro anos.

No podcast "Isso é Fantástico", a jornalista relatou que resolveu expor sua luta contra a doença neurodegenerativa "porque viver com esse segredo é ruim".

"Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim. Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública. Eu fui diagnosticada com doença de Parkinson em outubro de 2018, quando eu tinha 45 anos. Hoje, eu tenho 49", declarou.

Segundo Renata Capucci, o diagnóstico aconteceu na época em que ela participou do reality musical "Popstar", na TV Globo. Naquela época, ela passou a mancar e as pessoas a questionavam sobre o porquê, mas ela negava que estivesse mancando.

"Eu comecei a mancar e as pessoas falavam para mim: 'Por que você está mancando, Renata?'. E eu falava: 'Eu não estou mancando'. Eu não percebia que eu estava mancando. Aí fui fazer fisioterapia, osteopatia, e a coisa não mudou. E aí em um dado momento, no meio do Popstar, depois do sexto programa, eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido. E o meu marido, que é médico, logo depois do programa, me levou para um hospital que tinha emergência neurológica e eu fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça", contou.

Doença caracterizada pelos tremores, rigidez muscular e lentidão dos movimentos, entre outros, o Parkinson afeta cerca de 200 mil pessoas no Brasil, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Do total de pessoas com a doença no mundo, entre 10% e 15% dos pacientes são acometidos antes dos 50 anos, como é o caso de Capucci.

Atualmente, Renata garante estar "bem e feliz", e diz não querer se tornar uma "mártir", tampouco que tenham "pena" dela, pois não se sente "diminuída" por ser portadora dessa moléstia.

"Ao contrário, eu tenho orgulho da minha trajetória. Eu tenho orgulho da maneira como eu encaro essa doença, porque eu encaro ela de frente hoje. Já passei por todas as fases, da depressão, da negação. Hoje, eu estou na fase cinco que eu olho essa doença de frente e eu falo assim: 'Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem'. Eu faço tudo o que eu posso de exercício, de remédio e eu tenho uma vida positiva. Eu me sinto feliz, apesar de tudo", completou.