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'Pantanal': Zefa da versão de 1990 relembra 'crush' em Marcos Palmeira

Zefa (Giovanna Gold) e Tadeu (Marcos Palmeira) da primeira versão de "Pantanal" - Reprodução
Zefa (Giovanna Gold) e Tadeu (Marcos Palmeira) da primeira versão de 'Pantanal' Imagem: Reprodução

De Splash, em São Paulo

03/07/2022 09h31

A atriz Giovanna Gold, que viveu a Zefa na primeira versão de "Pantanal", contou que tinha interesse e admiração por Marcos Palmeira. Na época em que a novela original foi exibida, 1990, ela fazia par romântico com o ator, que viveu Tadeu.

Em entrevista à coluna de Patricia Kogut no jornal O Globo, Giovanna disse que já conhecia o ator da época da escola.

"Ele era um garotinho bonitinho da minha escola, tinha passado uns meses em uma aldeia indígena. Isso, até hoje, para mim, é uma proeza. Despertava a minha curiosidade. Mas, nunca nos aproximamos no colégio", disse ela.

"Eu passei seis meses na Europa e fiquei sem ir à escola por esse período. Quando voltei, obviamente ia perder o ano. Para que isso não acontecesse, mudei para um cursinho. Nunca mais o vi. Só em cena. Quando o Jayme Monjardim me chamou para entrar na novela, eu tinha apenas uma fala. Ele disse que há muitos personagens masculinos e que precisava fazer casal. Captei a mensagem e pensei: 'Deixa comigo, como pela borda e ele que me aguarde'", acrescentou.

Giovanna disse que não nega os sentimentos que nutria:

É verdade que eu tinha uma admiração enorme pela pessoa que ele era. Esse material emotivo me pertencia e a mais ninguém. Por isso, não nego o que sinto, nunca. Reservo em um arquivo como material de trabalho.

A atriz ainda reforçou que o entrosamento dos dois foi fundamental para o sucesso do casal na produção dos anos 1990.

"Construímos juntos o par romântico. Tínhamos uma intimidade colegial. Ele era ótimo conselheiro. A gente dava risada junto. Íamos até o fim do que entendíamos ser aquele retrato que queríamos transmitir. Por exemplo: achava inconcebível a Zefa ter axilas depiladas. Em uma cena, ele comprava essa ironia, e a gente gravava com ele puxando os cabelinhos. Dá vontade de rir até hoje. Na fazenda tinha um tanque em que ficava a banha do boi que virava sabão. Lugar horrível, cheio de mosca. Acho que a Zefa nunca tinha visto um xampu. E será que ela iria na chalana perguntar 'tem barbeador?'. Acho que não. Então, ele acompanhava minha concepção. Além de ser supercriativo", relembrou.

Por fim, Giovanna disse ainda considerar "Pantanal" como um marco em sua carreira.

"Com 'Pantanal' alcancei sucesso nacional. Foi uma época de vacas gordas, respeito artístico e harmonia social. Fui capa de revista [com o título] 'A nova geração da TV'. Fui entrevistada pelo Jô Soares e minha mente travou pensando 'como a pele dele é branca, como a pele dele é branca, como a pele dele é branca...'. Ganhei prêmio por inspirar, o elenco saía junto depois das gravações... E virei musa. Era tudo muito bom. Fase em que os astros se alinham", disse.

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