Até famoso tieta: Rodrigo Santoro e Otaviano lembram causos hollywoodianos
Esta semana, o "OtaLab" estendeu o tapete vermelho para uma estrela de Hollywood. Otaviano Costa recebeu, no estúdio do programa, o ator Rodrigo Santoro, em visita ao país para divulgar a nova série "Sem Limites", da Amazon Prime.
A produção espanhola é uma aventura épica que reconta a trajetória do navegador português Fernão de Magalhães, líder da primeira viagem de circunavegação do mundo, há 500 anos.
A obra - uma superprodução que também traz no elenco nomes conhecidos do público brasileiro, como o espanhol Álvaro Morte, o Professor de "Casa de Papel" - é o mais recente fruto de um passo arriscado que Rodrigo deu há quase duas décadas, quando trocou uma carreira consolidada no Brasil por um recomeço "do zero" em Hollywood.
No programa, o ator relembrou esses primeiros passos, que ele comparou, de certa forma, com a expedição de Magalhães: "não desistir de algo que parecia impossível". "O maior desafio foi tomar a decisão inicial de partir", disse. "Neste começo, os sonhos precisam ser maiores que os medos."
Este foi o momento mais desafiador: fazer as contas do que eu estava deixando, acreditar nisso e seguir com fé, com coragem. E coragem significa 'agir com o coração'.
Como lembrou, no programa, o crítico de cinema do UOL Roberto Sadovski, já vão quase 20 anos que Rodrigo "saiu do mar em 'As Panteras Detonando'" - sua estreia internacional, em 2003. Mas Sadovski queria saber do ator se ele sente que, após uma década de popularização do streaming, os sets de Hollywood estão mais plurais:
"Eu testemunhei o antes e o depois do streaming [em Hollywood]. Quando cheguei lá, no começo dos anos 2000, o cenário era bastante diferente, os personagens muito estereotipados. Deixei de fazer coisas porque não conseguia me identificar", contou.
Com a chegada do streaming, e essa possibilidade de refletir a diversidade que existe no mundo, Hollywood se viu obrigada a olhar para isso.
Campo aberto
Para Rodrigo, que nunca se limitou a um só mercado - "Já tive oportunidade de trabalhar em produções de Argentina, Cuba, México, Inglaterra?" - o campo está mais aberto do que nunca. Cada nova experiência conta, como o acento castelhano que aprendeu para "Sem Limites", e que agora lhe abre portas no mercado espanhol.
"A Espanha virou um lugar de muita produção. Comecei a receber propostas de lá. É bom porque descentraliza", disse.
Deslumbramento
Otaviano lembrou que conheceu Rodrigo Santoro no festival francês de Cannes, em 2008, quando o ator estava em dois filmes concorrentes, o argentino "Leonera", de Pablo Trapero, e o americano "Che", de Steven Soderbergh. Naquele ano, o ator viveu seu momento inesquecível num tapete vermelho - por conta de Sharon Stone.
"Cannes é o maior tapete vermelho, o mais respeitado, o mais glamouroso", lembrou. E Rodrigo, que já estava nas nuvens, de repente sentiu uma mão em seu ombro. Quando se virou, deu de cara com Sharon Stone, de quem ele era fã desde a adolescência - a clássica cena da cruzada de pernas em "Instinto Selvagem" está gravada para sempre em suas retinas.
Quando eu olhei, era a Sharon Stone aqui, em close. Foi o segundo mais longo da minha vida. Aí ela disse, 'desculpa, eu quebrei o salto', tirou o sapato e foi andando. E eu fiquei olhando.
Ota aproveitou para perguntar se o ator, que já contracenou com ícones como Anthony Hopkins, Jim Carrey, Arnold Schwarzenegger e Jennifer Lopez, já se viu em algum momento deslumbrado:
A primeira sensação [em Hollywood] é: 'tô no meio do Supercine!'. Claro, você tem uma imagem na sua memória, é natural.
Ota, ele próprio uma celebridade, também contou de seus momentos de tiete. "Luciano Huck me chamou pro casamento do Guy Oseary (com a modelo brasileira Michelle Alves), empresário da Madonna. Parecia que eu tinha tomado um ácido e estava ali tomando uma cachaça com o Bono do U2. Aí passa o Flea, do Red Hot Chili Peppers, e a Madonna está ali sentada no jardim", empolgou-se. "Eu estava em Nárnia."
Uma hora vou ao banheiro e na hora de lavar as mãos alguém me diz, 'Ei, festa legal!' Era a Demi Moore, brother! É um deslumbre.
Olho no Olho
Até porque é muito fácil se deixar levar pelo glamour, Rodrigo Santoro mantém sempre algumas coisas muito bem definidas. Uma delas é sempre olhar nos olhos dos interlocutores. "Na minha relação com o público, seja aqui, seja nos EUA, o mais importante é olhar no olho. Isso me ajuda a enraixar. manter o pé no chão."
Essa é uma profissão que lida muito com ego, frustração, e tem uma pressão gigantesca. É importante estar equilibrado, em contato com seus valores, com o que é real no seu dia-a-dia. pra não se perder. Não tem nada de místico nisso. É algo muito concreto.
OtaLab
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