Cleo lança seu primeiro livro na Bienal, mas recusa título de escritora
Atriz, cantora e agora autora. Cleo Pires lançou hoje seu primeiro livro na Bienal do Livro de São Paulo. "Todo Mundo que Amei já me Fez Chorar" (Editora Melhoramentos) é uma parceria com a roteirista Tatiana Maciel ("A Dona da História", "Filhos da Pátria"), que escreveu os contos sobre relacionamentos tóxicos, sejam eles amorosos, familiares ou amizades.
"Eu me sinto mais autora do que escritora, porque eu não de fato escrevi [o livro]. Eu tenho autoria, mas não escrevi. Então não posso ser considerada escritora. Sou atriz, cantora e produtora", definiu Cleo para um auditório lotado que a deixou nervosa, como a própria confessou no início do bate-papo que também marcou sua estreia na Bienal.
Quem foi ver Cleo acabou também testemunhando uma verdadeira sessão de terapia comandada por outra participante convidada, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, autora dos best-sellers "Mentes Inquietas" e "Mentes Perigosas", entre outros.
Falando essencialmente sobre comportamento humano, tema do livro idealizado em conjunto por Cleo e Tatiana Maciel, a psiquiatra explicou que pessoas com diagnóstico de TDAH, o transtorno de déficit de atenção, são mais criativas, o que justificaria a atriz ter se transformado em uma multiartista aos 39 anos.
Cleo diz que teve o diagnóstico há cerca de dois anos. "Quando eu descobri que eu tenho TDAH foi um processo de até hoje perceber como o diagnóstico me fez bem. Porque eu entendi que tinha um motivo de certas coisas acontecerem como elas aconteceram comigo, que a falta do conhecimento me fazia não ter ferramentas para lidar com aquilo."
A autora ainda pretende lançar uma música e um clipe que vão complementar o livro "Todo Mundo que Amei já me Fez Chorar". E, em breve, o livro de contos também pode se transformar em uma série, como adiantou Cleo na Bienal.
"A gente se inspirou em muitas coisas que a gente ouvia. Acabamos colocando muita coisa que a gente se identificava, mas não necessariamente histórias nossas, nem de ninguém, mas coisas muito comuns a todas nós. É um livro muito fácil e gostoso de ler."
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