Lorena Comparato sofreu assédio dentro da família: 'Mascarado como carinho'
Lorena Comparato contou ter sofrido assédio sexual de um membro da sua família na juventude. A atriz, no entanto, só percebeu que tinha sido vítima da violência durante a pandemia, pouco antes de começar a gravar a nova série do Star+, "Não Foi Minha Culpa" — sobre feminicídio e assédio.
Em entrevista à Marie Claire, ela falou pela primeira vez sobre o episódio e demonstrou ainda sofrer com as sequelas psicológicas deixadas pelo abuso.
"O que eu vivi foi uma pessoa que, durante muitos anos da minha vida, começou muito jovem, sempre passou a mão em mim. Passava a mão, pedia para ver meu corpo. Eu não sabia que isso era assédio, nunca soube. Era mascarado como carinho, mesmo eu não gostando e dizendo não. Foi há pouco tempo, durante a pandemia, que essa ficha caiu. E quem me ajudou muito foram as minhas amigas", contou.
Eu começo a tremer, meu coração bate forte. Parece que estou cometendo um crime de falar isso para você.
Lorena disse ainda que seus pais sabem do ocorrido e que lidaram com muita dificuldade com a situação. Ela falou também que preferiu se distanciar do familiar que a assediou, e reforçou que todas as mulheres são "sobreviventes de assédio".
"É muito difícil ter uma mulher que nunca sofreu assédio. E quem disser que nunca sofreu, pode começar a investigar que vai ver que muita coisa que viveu era assédio, sim. Eu faço terapia justamente para viver com essas dores e conseguir falar sobre o assunto. E acho importante dizer que o assédio, a violência, não acontece só na rua. Acontece em ambiente familiar, dentro de casa", afirmou.
Como denunciar
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.
Mulheres vítimas de estupro podem buscar os hospitais de referência em atendimento para violência sexual, para tomar medicação de prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.
Se houver intuito de denunciar, a orientação é buscar uma delegacia especializada em atendimento a mulheres. Caso não haja essa possibilidade, os registros podem ser feitos em delegacias comuns.
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