Rita Batista estreia no 'É de Casa' e cobra: 'Inclusão não é favor'
Rita Batista é um dos novos rostos do time de apresentadores da TV Globo. Natural de Salvador, a jornalista de 43 anos chega aos sábados da emissora líder de audiência carregando consigo anos de experiência no rádio e na TV da Bahia, tendo passado por afiliadas de Band e SBT.
Rita estreia hoje como uma das novas apresentadoras do "É de Casa", se juntando à Talitha Morete e Thiago Oliveira no time comandado por Maria Beltrão. A escalação para a apresentação vem depois de 2 anos atuando na reportagem dos matinais de entretenimento da Globo, o "Mais Você", o "Encontro" e o próprio programa dos sábados.
A jornalista comemora a formação de times mais diversos na TV brasileira, mas deixa claro que, a seu ver, a inclusão é algo necessário e "não é favor".
"A TV Globo está muito alinhada com a questão da diversidade. O mundo está exigindo isso de todas as corporações. Inclusão não é favor, é importante, é necessário, não tem para onde correr", afirmou. "Se a gente quer avançar como sociedade, a gente precisa de equipes cada vez mais diversas, e isso inclui diversidade racial, de orientação sexual e de pessoas com deficiência. E as nossas equipes contemplam isso."
Poucas semanas antes da estreia do novo "É de Casa", Rita fez um curso nos Estados Unidos para tratar sobre diversidade e o espaço para vozes negras dentro do jornalismo. Em seus estudos, ela percebeu que o Brasil está em estágios evoluídos no olhar para a diversidade em relação a outros países considerados avançados.
"Fui convidada pelo governo americano, em uma equipe de 12 jornalistas, e passamos duas semanas viajando pelo país", conta. "E foi muito rico, porque muitas vezes achamos que estamos atrasados no discurso, mas na verdade é o contrário. Visitamos emissoras, estivemos com a associação nacional de jornalistas negros, e parecia que estávamos falando do Brasil, pois debatíamos as mesmas pautas e as mesmas lutas."
Vida pessoal e profissional
Ao longo da carreira, atuou principalmente na reportagem e na apresentação de telejornais locais. Também teve passagens pelos programas "A Liga" e "Muito+", da Band, e fez matérias para o "Saia Justa", do canal pago GNT.
Para ela, o novo desafio traz um mudança na perspectiva da separação entre vida pessoal e profissional, sobretudo em suas redes sociais. A apresentadora, no entanto, não pretende não deixar que isso altere muito a forma como ela já se comunica com seus seguidores nas plataformas.
"Em algumas posições de rádio e TV, teremos mais visibilidade, as pessoas vão querer saber além da nossa entrega profissional. Mas eu trabalho isso muito bem, penso que já tenho uma atuação expositiva na rede. Mostro o meu dia a dia, faz parte do trabalho. Cada um decide o tanto que quer mostrar", diz Rita Batista, em entrevista a Splash.
A nova apresentadora do programa que domina as manhãs de sábado na Globo considera entrar para o time de entretenimento uma grande vitória.
"Esse momento é uma coroação de êxito, eu trabalhei para isso. Me mudei para São Paulo em dezembro de 2020, e a oferta desde o início era para ser repórter dos programas da manhã. Fui entendendo as linguagens, as especificidades de cada produto enquanto fazia. Então, quando veio o convite para o 'É de Casa', aceitei na hora."
Ela afirma que sair das ruas e passar as manhãs de sábado no estúdio, ao contrário do que alguns ao seu redor imaginaram, não significa necessariamente um "upgrade" ou um descanso.
"Até parece, né?", brinca a jornalista, em entrevista a Splash. "Primeiro que não é isso. Segundo que a gente não se contentaria com apenas isso, de trabalhar uma vez por semana. É um momento especial porque é desafiador, estando em outra posição, de maior visibilidade tanto do público quanto da chefia."
'Não vamos ficar falando de tragédias dando risada'
"Não vamos ficar falando de tragédias dando risada. O segredo é baixar o tom. E o público é inteligente. Se no outro bloco estávamos falando, por exemplo, da 'Bicholândia', quando formos falar de alguma coisa mais séria, o tom da conversa vai mudar, e o público acompanha essa transição. O equilíbrio é o melhor balizador que nós temos. Queremos leveza, mas também não vamos ignorar os assuntos sérios sobre os quais precisamos falar."
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