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Danilo Gentili expõe crítica que recebeu de bolsonarista que matou petista

Danilo Gentili foi chamado de otário por bolsonarista que assassinou petista - Divulgação/SBT
Danilo Gentili foi chamado de otário por bolsonarista que assassinou petista Imagem: Divulgação/SBT

Colaboração para Splash, em Maceió

11/07/2022 19h58

O apresentador Danilo Gentili expôs uma crítica que recebeu do agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho, responsável por assassinar o guarda municipal Marcelo Arruda, no último sábado (9), no Paraná. Bolsonarista, Guaranho invadiu a festa de 50 anos de Arruda, que é petista, e fez disparos contra a vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

Por meio de seu perfil no Twitter, Danilo Gentili recuperou uma postagem em que acusa vários bolsonaristas, como o ex-secretário de Cultura Mario Frias e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, entre outros, de serem "mamadores de dinheiro público ou fracassados".

Nos comentários, Guaranho chamou o apresentador de "otário".Ao recuperar a crítica, Gentili disse ficar feliz por saber que esse "assassino não me admira".

"Fico feliz por saber que ao contrário desses que estão me processando por essa tuitada, assassino não me admira", escreveu

Ao dizer que não é admirado pelo agente penitenciário, Danilo Gentili faz referência ao fato de Guaranho ser bolsonarista assumido e, inclusive, ter foto ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Crime

O crime aconteceu na noite de sábado (9). Marcelo Arruda, que era tesoureiro do PT e foi candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu pelo partido em 2020, festejava seu aniversário de 50 anos com a temática do partido, usando bandeiras e uma foto do ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

Guaranho entrou no local sem ser convidado e disparou contra Arruda. Segundo o boletim de ocorrência, ao invadir a festa, ele teria gritado "aqui é Bolsonaro". O petista também estava armado, reagiu e atirou no agressor.

O Ministério Público informou que tanto a arma de Guaranho quanto a de Arruda eram institucionais, ou seja, de uso ligado à profissão. O órgão afirmou que apura se o crime teve motivação política. Hoje, a Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva do bolsonarista.

Para o promotor Lisboa, a investigação deve ser "de fácil resolução", mas precisam esclarecer a razão pela qual Guaranho estava no local. De acordo com o MP, o agente seria membro de uma associação na região, vizinha de onde aconteceu o caso.

O corpo de Marcelo Arruda foi velado e enterrado hoje em Foz do Iguaçu. Ele foi levado em cortejo pelas ruas da cidade e passou em frente à sede da guarda local. Pessoas presentes aplaudiram em homenagem ao guarda civil.

Ao UOL, a mãe de Guaranho, Dalvalice Rosa, disse que foi a intolerância política que motivou seu filho a cometer o crime. "Estamos sem chão. O que aconteceu tem a ver com extremismo e intolerância política. Eles não se conheciam, e nada mais explica essa tragédia", afirmou.